O projeto de lei que altera o Plano Diretor de Goiânia foi aprovado quase que sem mudanças no plenário da Câmara em primeira votação. O texto segue agora para a análise da comissão mista da casa e depois volta ao plenário para segunda e última votação.
A sessão que aprovou a matéria foi marcada pelos protestos de estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) e moradores de bairros da região Norte da Capital. Eles reivindicaram, ao menos, mais discussão sobre a obra do grupo Hypermarcas na região próxima à Avenida Perimetral Norte. Um centro de distribuições e novas indústrias são empreendimentos da empresa.
O vereador Djalma Araújo (PT) lamentou a aprovação do Plano Diretor. “Essa votação foi um cheque em branco para o poder econômico, principalmente para a Hypermarcas. Ficou claro pra mim que o que poder econômico teve uma grande vitória em detrimento do meio ambiente e do trânsito de Goiânia,” denuncia.
A alteração feita em plenário foi a retirada da emenda do vereador Elias Vaz (PSOL) que definia exigências para uma possível venda da área do Batalhão Anhanguera por parte do governo estadual.
O vereador Thiago Albernaz (PSDB) afirma que o Plano Diretor precisa de mais discussão antes de passar pela última votação. “São diversos pontos polêmicos. É o projeto mais importante do ano a ser votado aqui na Câmara. É de responsabilidade dos 35 vereadores que tenhamos muita cautela na aprovação, para que não aprovamos projetos de cunho político e partidário,” pede.
O projeto do Plano Diretor segue agora para apreciação conjunta das comissões mista e a de habitação, antes de voltar ao plenário para a votação definitiva. Mudanças ainda podem ser propostas na comissão e também emendas podem ser apresentadas em plenário antes da segunda e última votação.