Esta semana a Rádio 730 entrevistou os três candidatos à prefeitura de Goiânia que não participaram do debate 730 realizado na última quarta-feira (19). Apenas os cinco prefeitáveis mais bem colocados na Pesquisa Rádio 730/Grupom participaram do debate. Reinaldo Pantaleão (PSOL) foi o último entrevistado na manhã desta sexta-feira (28).
“Em 1970 eu participei junto com a faculdade de arquitetura da Pontifícia Universidade Católica de Goiás de um projeto de Goiânia que foi liderado pelo professor Pedro Wilson Guimarães que era diretor da faculdade de arquitetura, ele que foi prefeito de Goiânia. Há uma despreocupação na nossa cultura política do imediatismo e do eleitororismo. Isso mostra claramente, se nós não buscarmos uma discussão constante dos nossos problemas, nós vamos chegar a uma situação de caos total. Essa despreocupação de não discutir todas as coisas em todo o seu processo mostra a visão individualista”, salientou o candidato.
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O candidato declarou que em um minuto e 22 segundos de tempo para propaganda eleitoral é muito pouco. “Nós não temos nem como apresentar plataforma. Esse bate-papo que estou tendo aqui com vocês me vale 1000 programas de televisão. O rádio é esse fenômeno fantástico, e televisão você muitas das vezes é guiado por marqueteiros e fica engessado. Uns me disseram que sou o Tiririca da esquerda outros que estou parecendo o Lula”, explicou.
Reinaldo Pantaleão comentou sobre a atuação dele na campanha. “Me senti totalmente em casa. Eu acho que uma campanha política é essencialmente pedagógica. Quando eu me dispus a ir para a convenção do partido deixei claro que eu sou um candidato da sociedade. Nem de gueto e não sou candidato para criticar o processo que eu participo e sou de dialogar com todos os setores da sociedade. Eu não tenho preconceito de discutir com ninguém. Participei da congada, do movimento das mulheres, da parada gay, movimento da luta para reforçar a necessidade de discutir a droga e outros. Isso ai me criou alguns problemas”, ressaltou.
“Em nenhum programa nosso eu cheguei a criticar pessoas. Não faço política por questões pessoais. O prefeito, professor universitário, grande neurologista, meu amigo. Não tenho dúvidas, faço crítica a atual gestão que a meu ver vem deixando a desejar. Uma aliança PT-PMDB, que até pouco tempo o PMDB era o grande inimigo do PT isso provavelmente cria os embaraços que a atual administração está tendo. Não fiz e não faço críticas às pessoas. O prefeito deixa a desejar à medida que ele não cumpre o plano diretor, há muitas propagandas. Olha o tanto de ações contra a administração municipal”, declarou Pantaleão.