O Brasil está em terceiro lugar no mundo com o maior número de casos confirmados da Covid-19, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia. O balanço do Ministério da Saúde mostra que o país tem mais de 332 mil casos confirmados de coronavírus. Foram mais de 21 mil mortes incluídas no balanço em 24 horas.

São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Pernambuco são os estados com o maior número de infectados pelo novo coronavírus no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A primeira parte do Debate Super Sábado desta semana abordou o assunto com a jornalista Andrea Ramos Bueno, do Timbre Áudio e Texto, em São Paulo.

 

Andrea tem acompanhado a pandemia fazendo a cobertura de acontecimentos e coletivas sobre o assunto. Ela destaca que é preocupante o crescimento dos números de casos no Brasil e a falta de conscientização. “Ainda não houve a conscientização que já poderia ter havia para não termos números tão altos chegando a marcas tão tristes”.

Em suas observações, a jornalista disse ter concluído que o novo coronavírus exige coletividade. “Agindo coletivamente a gente vai conseguir ter números mais baixos e sair mais rápido disso. Quanto menor a conscientização das pessoas, mais demorado será esse processo”.

Além disso, Andrea destaca o fato de que, embora existam os grupos de risco, a doença já se mostrou presente em várias faixas etárias. “Agora, se nós pararmos para pensar, cada um de nós tem um conhecido, um amigo ou um primo de 35 ou 40 anos que passou por situações muito difíceis no hospital ou morreu”.

O vírus ainda é desconhecido, e a jornalista revela que é difícil ouvir todas as notícias a respeito da doença e não sentir medo. “A gente sofre muito ao ouvir que aqui em São Paulo os nossos leitos estão com 90% de ocupação, e que o isolamento social não chega sequer aos 55%, que uma taxa aceitável que o Estado colocou”.

Andrea revela que o psicológico do profissional também fica muito abalado. “A cada semana eu tenho notícias da doença chegando mais perto de mim. Antes era o amigo de um amigo, mas semana passada foi uma conhecida e o irmão de uma cunhada. Dá um medo muito grande, mas você não pode parar”.

No Debate Super Sábado a jornalista também falou sobre o fato de a comunicação abordar mais o número de infectados que o número de curados.  “Excepcional é nós termos uma doença que pouco se sabe e que já temos um histórico com China e Estados Unidos. Por isso que o número de recuperados não revelo o que o jornalismo precisa revelar. O alerta”, defende.

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