Sustentabilidade é um conceito que vem sendo cada vez mais valorizado pelos brasileiros. Pesquisas apontam que as pessoas têm norteado suas decisões de consumo em função do uso racional dos recursos naturais e do respeito ao meio ambiente. Esse comportamento tem influenciado o mercado imobiliário, que já traz projetos com diferenciais sustentáveis.

A arquiteta e urbanista, Ariene Ferreira, concedeu entrevista exclusiva à Rádio 730 no programa Cidadania em Destaque desta terça-feira (3). Ela explica que não se fazem mais projetos sem pensar em ideias sustentáveis.

“Hoje quando se desenvolve um produto, já se tem fornecedores de materiais sustentáveis como madeira ecológica, torneiras com dispositivos que vão reduzir o consumo de água, a possibilidade de colocar uma placa voltaica que vai reverter energia para o condomínio, captação de água da chuva para irrigar jardins, enfim, tudo se molda para atender o público que está cada vez mais consciente dessa importância”, analisa.

Essa maior conscientização tem impactado nas decisões de consumo e cada vez mais pessoas têm optado em investir um pouco mais para agredir menos o meio ambiente, gerando assim uma economia maior no futuro. Essa lógica já existe, por exemplo, no mercado imobiliário. Um levantamento realizado pelo Datastore Mercadometria e Pesquisa de Mercado, entre 29/3 e 1º/4 de 2017, com 22.090 famílias goianienses, com renda a partir de R$ 10 mil, aponta que quase metade da população (42,12%) está disposta a investir em diferenciais sustentáveis em suas residências.

“O desenvolvimento econômico, o social e o ambiental. Não é apenas a questão de ser ambientalmente correto, é mais amplo, porque o consumidor enxerga que terá um retorno disso. Então ele vai investir mais agora para consumir conscientemente, mas o retorno que terá com gasto de energia elétrica no futuro compensa”, argumenta.

Entre os itens destacados estão estação para coleta seletiva de lixo (59%), cobertura verde e árvores frutíferas nas áreas comuns (46%), sensores de economia de energia elétrica (44%), sistema de reaproveitamento de água das chuvas (41%) e iluminação em LED (40%). Aproveitamento da energia solar (39%), torneira com temporizador em áreas comuns (35%) e elevador ecológico (33%) também foram mencionados.

Quer saber mais? Ouça a entrevista na íntegra a seguir

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