No início da noite desta quarta-feira (1º/10), o vereador por Goiânia, Tayrone di Martino (PT) protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sua renúncia como candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Antônio Gomide (PT).
Após reunião com diretório, Tayrone di Martino decide seguir na vice de Gomide
Tayrone di Martino desiste de concorrer como vice de Antônio Gomide
Com a desistência de Tayrone, a chapa do PT ao governo estadual pode ficar inviabilizada, uma vez que a lei eleitoral determina que o prazo mínimo para mudança de candidatos é de 20 dias antes das eleições.
Na manhã de ontem (30/9), Tayrone usou a tribuna da Câmara Municipal para anunciar que estava deixando a candidatura de vice após , segundo ele, sofrer represarias dentro do PT. Já no final da noite, Tayrone esteve reunido com o Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores e decidiu, segundo nota do diretório enviada à imprensa, continuar como vice de Gomide.
O conflito entre o vereador e a sigla começou depois que ele votou contra projeto do prefeito Paulo Garcia (PT) que alterava as alíquotas do IPT e ITU em Goiânia. Por desobedecer as orientações da legenda, ele foi suspenso por 30 dias.
Declarações
Ao protocolar o pedido de renúncia à candidatura de vice-governador, Tayrone di Martino expôs suas insatisfações com o Partido dos Trabalhadores e disse, em uma carta, que sofria “retaliações dentro do PT e também dentro da administração”.
Tayrone também criticou a gestão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. “A insatisfação com os caminhos pela atual administração de Goiânia não é só minha. Basta andar pelas ruas da cidade para ver que
a população está cansada de tanto desmanzelo”, pontou. Tayrone completa o texto afirmando que o seu compromisso é com as pessoas que o elegeram. “Eu fui eleito para ser vereador das pessoas, e não vereador do prefeito”, afirma.
Na carta, o vereador ainda diz que foi “coerente” ao votar contra o projeto do Paço Municipal que alterava as alíquotas do IPT e ITU. Segundo ele, a suspensão de 30 dias determinada pelo partido foi “injusta”. Ele encerra o comunicado afirmando que irá dedicar seu tempo exclusivamente ao mandato de vereador em Goiânia.