O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou nesta quarta-feira (29) o governo federal a renovar, de forma antecipada, os contratos de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que são geridas pela Vale S/A. Com os novos contratos, será construída também a FICO, entre Mara Rosa, no norte de Goiás, e Água Boa, no Mato Grosso.

Segundo o governo de Goiás, a Ferrovia de Integração terá um papel fundamental para o escoamento da produção de grãos da região do Vale do Araguaia, que é uma das maiores produtoras de soja de todo o Brasil. A FICO fará ligação com a Ferrovia Norte-Sul, que também terá acesso aos principais portos do país, o que resultará em mais competitividade aos produtos goianos. Para a obra serão destinados pelo Ministério da Infraestrutura R$ 2,73 bilhões.

“”No futuro, nós vamos ter um grande corredor ferroviário que vai começar no Matp Grosso e vai até o porto de Ilhéus, na Bahia”, afirma o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

De acordo com o Ministério, os novos contratos, renovados por mais 30 anos, foram modernizados e preveem investimentos da ordem de R$ 21 bilhões. O recurso será dividido entre R$ 8,5 bilhões para a Estrada de Ferro Vitória Minas e R$ 9,8 bilhões para a Estrada de Ferro Carajás. Com as obras, é esperada a geração de 65 mil empregos, sendo aproximadamente 10 mil só entre Goiás e Mato Grosso.

Além dos recursos já previstos pelo Ministério, também haverá o uso do mecanismo de investimento cruzado. Desta forma, parte do valor de outorga possa ser utilizado para a construção de novas ferrovias com investimento privado.

Durante videoconferência realizada na última sexta-feira (22) para assinatura de ordens de serviço em Goiás e no Mato Grosso, o governador Ronaldo Caiado falou sobre a obra e a “capacidade de poder ressuscitar uma região que não tinha perspectivas de ser competitiva diante da logística que era caríssima”, disse.