Foto: Rosiron Rodrigues/GEC 

O Aliança perdeu os dois jogos da final e viu o Goiás/Universo ser o campeão estadual de 2019. O time aurinegro defendia o título que voltou a vencer no ano passado. “A gente não consegue ganhar tudo, a gente tem que reconhecer que o outro time está mais organizado que o nosso, isso dá mais força se a gente continuar ano que vem para organizar mais”, disse Luiz Cézar, técnico do Aliança, após o jogo.

Para Luiz Cézar, a temporada do clube “foi muito boa”. Este ano, o Aliança disputou a Série A2 do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino e foi eleiminado ainda na primeira fase, sem pontuar. As jogadoras do time não vivem apenas do futebol, o que prejudica os treinamentos e o condicionamento físico. O treinador destacou a importância e responsabilidade da chegada do Goiás no futebol feminino. “Com a estrutura que tem é para ser o time de ponta, é uma obrigação valorizar e remunerar suas atletas, para que elas possam viver do futebol feminino como a gente sempre sonhou, é uma responsabilidade dele”.

O Goiás não montou um time do zero. A diretoria do clube procurou a Universo e fez uma parceria de dois anos com o time feminino da universidade, que é tradicional no Estado. Luiz Cézar valoriza a visibilidade que as mulheres ganharam este ano, com Copa do Mundo, mais campeonatos e transmissões esportivas, mas também demonstrou preocupação. “Nós temos que ir com muita cautela com isso aí, porque o importante é o futebol feminino, não é só fazer uma ou duas temporadas”.

O treinador também demonstrou preocupação com o futuro de seu clube, um dos principais de futebol feminino em atividade em Goiás. “O Aliança, para sobreviver, tem que vestir outra camisa , essa é a relaidade”, afirmou Luiz Cézar. 

Rauane Rocha é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a Universidade Federal de Goiás, sob supervisão do jornalista Johann Germano