Foto: Arquivo / Sagres

O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse à Sagres 730 nesta sexta-feira (27) que a partir da próxima semana testes rápidos para coronavírus (covid-19) devem disponibilizados em hospitais “sentinelas”, que são as unidades de saúde que receberão os kits. Ismael explicou que o “padrão-ouro” de testagem é o RT-PCR, que é uma amostra da secreção nasal e da garganta do paciente que é levada ao laboratório que detecta precisamente o vírus Sars-Cov-2.

Os testes rápidos, segundo o secretário, só dá um diagnóstico preciso depois de um certo número de dias. Eles também são feitos a partir de secreção nasal e de garganta ou sangue, porém “não identifica o vírus, ele identifica a reação do vírus ou antígeno ou anticorpo a depender da modelagem dos testes”. Os testes rápidos ficam prontos entre 10 e 30 minutos. O Ministério da Saúde recomendou que sejam destinados, inicialmente, aos profissionais de saúde e de segurança. “A orientação epidemiológica é para ampliar a testagem, além desses profissionais, também será feito nos pacientes assintomáticos”.

O Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus (Hcamp) recebeu o primeiro paciente na noite desta quinta-feira (26). Um senhor de 74 anos deu entrada na unidade por volta das 22h apresentando quadro grave. O homem é de Luziânia, esposo da primeira vítima fatal em Goiás. De acordo com o secretário, ele está com o quadro estável, respirando sem aparelhos e com todos os sinais vitais normais. “Neste momento não tem grandes fatores complicadores”, disse. Ismael ressaltou que em casos como este o atendimento correto pode salvar vidas. “Quanto mais precoce o paciente receber o tratamento e o suporte adequado, menos risco de morte ele tem”.

De acordo com o secretário, o Hcamp ainda não tem demanda de pacientes com coronavírus. “No quantitativo que ele conseguirá suportar não tem. Este é o primeiro caso”, disse. “Na verdade o hospital já tem condições de funcionar desde o início da semana, nós treinamos a equipe todos os dias para ter um bom desempenho. Ontem começamos a utilizá-lo”. O Hospital de enfrentamento ao coronavírus, fica localizado no prédio do Hospital do Servidor Público, conta com 222 leitos, sendo 210 em funcionamento imediato. Destes, 70 são para pacientes críticos e 140 para semicríticos. A sala vermelha, por exemplo, que receberá pacientes em situação crítica, conta com respiradores.

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Isolamento Social

O secretário de Saúde de Goiás ressaltou que a importância do isolamento social “sempre muito bem explicada” e que não existe em uma pandemia, apenas uma ação que a solucione, “é o somatório das ações que terão os efeitos positivos. Isolamento social é um deles”. A declaração foi após ser questionado pela Sagres, sobre o movimento para que a quarentena fosse flexibilizada. No último pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a pandemia do novo coronavírus ele pediu a reabertura de escolas e do comércio.

“Quando o presidente veio a público com aquele discurso, ele deixou a população confusa em muitos aspectos, fez com que gerasse esse tanto de ideias a favor ou contra, mas não é uma tema para ficar debatendo”, disse. “A recomendação mais adequada, mundialmente falando e do ponto de vista sanitário, é o isolamento social. Opiniões que não são de autoridades sanitárias, a gente respeita como opinião, mas a nossa opinião de autoridade sanitária não pode ser flexibilizada”, completou.

De acordo com Ismael, o fim da quarentena está sendo pensado para que seja aos poucos em um “movimento harmônico”. Ele deve acontecer após o dia 4 de abril, como previsto decreto. “Nós respeitaremos os 15 dias, que está contido os 14 dias de latência de manifestação do vírus”, explicou. “Como voltar está sendo discutido por agora, por diversos agentes”.

O secretário detalhou que a curva de transmissão do vírus no Estado está abaixo dos outros estados devido as medidas sanitárias “acertadas”. O conjunto das ações permitiu que a curva ficasse mais “achatada”. “Isso não nos permite relaxar nas nossas ações, porque vai ter retardado, mas depois pode vir o pico e aí a capacidade de receber esses pacientes no sistema ela vai ficar exaurida e colapsada.

Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza

Em Goiás foi registrado falta ou baixo estoque de vacina contra a gripe. De acordo com o secretário, o Estado repassou todas as doses que recebeu do Ministério da Saúde e que a vacinação está programada ao longo de 30 dias. “A dose de vacina da gripe o Estado não compra, é exclusividade do Ministério da Saúde que fornece. Quando chega, nós fazemos a distribuição de forma per capta, então quando chegam nós distribuímos”.

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