A classificação da Seleção Brasileira para as quartas de final, ao vencer o Chile nos pênaltis no último sábado, acabou ficando em segundo plano diante da reação emocional incomum de alguns jogadores brasileiros. Entre eles, o capitão Thiago Silva, que revelou até ter pedido para não bater nenhum pênalti por falta de confiança.
A atitude e a imagem desequilibrada do capitão assustou, mas o defensor explicou a situação nesta quinta-feira. E não foi qualquer resposta. Curto e grosso, Thiago destacou que o treinador Luiz Felipe Scolari mantém a mesma confiança e destacou que se emocionar é algo normal em momentos de decisão. Por fim, pediu mais apoio de todos, e não que queiram atrapalhar a Seleção Brasileira.
“Quando essas coisas são ditas, eu procuro olhar pro lado, o meu comandante tá aqui e em momento nenhum ele contestou nada que eu fiz. Ninguém me conhece, ninguém sabe quem eu sou. Eu me emociono sim e acho uma coisa muito normal, e vejo que isso não me atrapalha em nenhum momento dentro de campo. Passei por momentos difíceis na vida, como a tuberculose, mas hoje posso dizer que sou campeão. Tenho visto muita gente falando bobagem, a gente precisa é de apoio, porque nada negativo a gente vai deixar entrar aqui, isso nos deixa pra baixo”
Até por isso, o capitão da Seleção acredita que o time está bem preparado e sem nenhum problema psicológico para encarar mais um duelo decisivo, dessa vez contra a Colômbia, nesta sexta-feira, às 17h, na Arena Castelão. O jogador ainda voltou no ponto da emoção ao garantir que se doa em campo pela pátria e que naquela hora, foi preciso descarregar. Assim, garante que não tem nada “atravessado na garganta”
“Não tenho nada engasgado não, muito pelo contrário, até porque não escutei muitas coisas. Acho normal esse tipo de pressão, mas pra mim não ajuda nada, não agrega em nada. Acho que a gente tá bem psicologicamente, o que eu tive foi pra descarregar, isso acontece quando a gente se entrega pelo que ama fazer, foi uma descarga emocional. Eu me entrego de corpo e alma dentro de campo, fica difícil não se emocionar. Acho que a gente tá bem preparado pra esse jogo”
O adversário da tarde desta sexta-feira é visto com muito perigo pelo jogador, que entende que a escola colombiana aprendeu com a escola brasileira de futebol, e tem um estilo muito semelhante. O zagueiro elogiou os defensores colombianos, com quem atuou no Milan (ITA) e apontou que será uma batalha técnica muito complicada.
“A Colômbia é muito parecido com nosso time, a escola é praticamente igual. Dois times que gostam de jogar tecnicamente, tem uma defesa bem postada e um dos zagueiros que jogou comigo é muito bom, que é o Yepes, que passa experiência, e conheço o Zapata também do Milan. Do Toulouse, eu acompanhou bem o cabeça-de-área (Aguilar), enfim, a gente tem conhecimento da equipe e vai ser difícil”