Paris está novamente sob ataque. Cerca de dez meses depois do atentado à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, pelo menos três tiroteios foram registrados em vários locais da capital francesa. Até o momento, o balanço da polícia contabiliza até agora pelo menos 140 mortes.
O Vice-prefeito de Paris, Patrick Klugman, afirmou em entrevista à CNN que o número de mortes deve superar muito os dados atuais. A diretoria de inteligência da polícia francesa, Rita Katz, diz que pode haver participação do grupo Estado Islâmico, em retaliação à participação da França em bombardeios contra o grupo na Síria.
De acordo com ela duas propagandas veicularam no canal de TV do Estado Islâmico dizendo: “Lembrem-se, lembrem-se do dia 14 de novembro #Paris. Eles nunca vão esquecer esse dia, assim como o 11 de Setembro para os americanos”. A outra afirma: “A França envia suas aeronaves com bombas para a Síria diariamente e mata crianças e idosos, hoje está bebendo do próprio veneno”.
Além disso, uma explosão atingiu um bar perto do Stade de France, onde ocorria um amistoso entre a seleção da França e da Alemanha. As primeiras informações dão conta que o presidente François Hollande estava no estádio e precisou deixar o local. No primeiro tiroteio, um homem abriu fogo com um fuzil kalashnikov em um restaurante no 10º Arrondissement e, de acordo com a emissora BFM-TV, matou “várias pessoas”.
Logo em seguida, ao menos 50 disparos foram ouvidos na célebre casa de espetáculos Bataclan, perto da redação do Charlie Hebdo. Ainda há reféns no local. Pouco depois, o palco de tiroteios foi o 11º arrondissement, onde 12 pessoas estão caídas no chão. Após os ataques, Hollande iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior.
Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro passado, quando dois homens armados invadiram a sede do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.
Há pouco a polícia francesa conseguiu retomar a casa de shows Bataclan, invadida por três homens que fizeram cerca de 100 pessoas de reféns no local. Na ação policial dois derroristas foram mortos e os reféns aos poucos foram sendo libertos. O vice-prefeito compareceu pessoalmente ao local e pouco depois a prefeitura de Paris confirmou 100 mortes na casa de shows.
*Com informações da Agência Brasil/ Atualizações da redação 730