O Goiás entrou para encarar o Vitória muito desfalcado. Dentre as peças que eram ausências, estava o meia David, jogador importante no setor meio campista do time. Porém, foi então que surgiu uma grata surpresa para comissão técnica e também torcedores: Rodrigo, volante da base, entrou muito bem na partida e se destacou.

O garoto não sentiu a pressão da camisa profissional e tratou de agradecer o técnico Ricardo Drubsky pela confiança:
“Só tenho a agradecer a ele (Drubsky), é um paizão, dispensa comentários. Venho trabalhando da mesma forma que trabalhava antes e as oportunidades estão surgindo. Com o Claudinei não vieram, mas eu respeitei sempre a opinião dele. Quando o Ricardo chegou na equipe eu botei na minha cabeça que o momento tinha chegado, me motivei e passei a treinar ainda mais forte”, declara.

Rodrigo também não esqueceu de elogiar os companheiros de elenco, já que, de acordo com ele, é muito bem orientado pelos mais experientes:
“Devo muito também ao grupo, que acolhe muito bem e dá tranquilidade para a gente entrar em campo e jogar o nosso futebol. O Amaral passa uma confiança muito grande, e assim o processo de amadurecimento fica muito mais fácil para nós que somos jovens. Trabalhar ao lado de jogadores experientes como eles engradecem o nosso trabalho também”, explica o volante.

Com a estreia já realizada, ele projeta agora menos ansiedade na sequência da competição:
“Na próxima com certeza o friozinho na barriga será menor, passando a estreia tem uma tranquilidade. Mas eu sou muito jovem ainda, preciso aprender muito e estou aprendendo. Principalmente com os professores Ricardo (Drubsky), Gilberto (auxiliar) e o Róbson (preparador físico). Meu primeiro ano como profissional e espero tirar o máximo de aprendizado dessa comissão técnica”.

Tido com uma das maiores promessas do Verdão, Rodrigo hoje se emociona ao lembrar da sua criação e, em meio às lágrimas, dedica a ascensão na carreira ao pai:
“A minha família é a minha maior motivação. Meu pai tem muita participação no que sou hoje, ele é um guerreiro, cuidou de mim e do meu irmão sozinho. É um homem muito honesto que sempre me passou energia positiva. Cresci com isso, fico emocionado em ver a luta do meu pai nesse momento, passa um filme na cabeça. Ele é minha maior motivação, porque sei da dificuldade que foi para ele para meus avós cuidarem de mim”, se emociona.