A fase mais negra da história de 73 anos do Vila Nova ganhou mais uma situação agravante nesta quinta-feira. O goleiro Toni, formado no clube e titular no último jogo contra o Boa Esporte na terça-feira, entrou na Justiça contra o clube pelo não pagamento de FGTS nos últimos meses e vai deixar o clube pela porta dos fundos. A diretoria colorada confirmou a situação e colocou Toni para treinar em separado do elenco principal.
Toni entrou na Justiça contra o Vila na segunda-feira e não informou nada ao técnico Márcio Azevedo, que o escolheu para ser titular no jogo de terça-feira contra o Boa. Ele atuou, fez boas defesas, se atrapalhou com João Paulo no primeiro gol sofrido, em que o zagueiro tocou contra o patrimônio, e desabafou no fim do jogo contra alguns membros da imprensa que poderiam crucifica-lo pelo lance, considerando que foi perseguido pela campanha desastrosa no Goianão.
Em entrevista na tarde desta quinta-feira, o diretor de futebol do Vila, Roni, destacou que o clube ainda não foi notificado formalmente, mas revelou que, na conversa com o jogador, ele confirmou a ação. O dirigente colorado confirmou que, pela conversa com o atleta, a atitude foi 100% tomada por ele mesmo, sem ajuda de qualquer agente e também sem o interesse de Goiás e Atlético, clubes da capital onde ele poderia se empregar.
“Ele me confessou que arrumou um advogado por conta própria, acionou o clube e agora a gente tem que aguardar a notificação pra ver o que vai acontecer. Ele me disse que fez sozinho, sem a ajuda de empresário e sem o auxilio de qualquer outro clube. Se falava muito dos nossos coirmãos, o Atlético e o Goiás, mas eu dei uma checada, liguei para o Adson (Batista, diretor do Atlético) e pro Marcelo (Segurado, diretor do Goiás) e os dois me disseram que não tem nada a ver com isso”
Toni chegou ao clube nesta quinta-feira normalmente para treinar, seguindo a rotina tradicional, mas no momento que a notícia já havia vazado, ele se reuniu com o elenco e depois com o diretor de futebol pra se explicar. O elenco colorado ficou abalado pela situação e não entendeu a postura do goleiro. Roni também disse estar profundamente consternado com a situação, até porque ele, que era ex-empresário do atleta, foi quem o ajudou na hora de reformar o contrato com o clube.
“Traído não, mas eu estou muito chateado com a situação, tá me deixando realmente desconfortável, estou perplexo com a atitude que o Toni tomou. Eu fui quem o auxiliei na época pra fazer a renovação de contrato dele, ele fez um ótimo contrato com o Vila, os salários estão em dia, não tem salários atrasados e uma parte do que tinha atrasado dele, na renovação a gente conseguiu embutir. Se tem Fundo de Garantia atrasado ou não, isso eu não sei, mas eu estou decepcionado”, destacou o diretor.