O Chile foi derrotado na tarde desta segunda-feira pela Holanda por 2 a 0 e terminou o Grupo B na segunda colocação, condição que pode colocar “La Roja” no caminho do Brasil logo nas oitavas de final. E os torcedores chilenos demonstraram não temer os donos da casa.
“Evitar o Brasil seria o ideal”, disse Rómulo Pulgar, um empresário da cidade de Temuco, no sul do Chile, que saía da estação de metrô perto do estádio com um grupo que gritava “compro ingressos”. “O Brasil é um bicho-papão para o Chile, mas a verdade é que estamos com tanta confiança que seja quem for vamos dar conta”, afirmou.
Após derrotar a Austrália por 3 x 1 e a Espanha por 2 x 0, o Chile é uma as maiores surpresas do Mundial no Brasil, e ainda que esteja classificado para as oitavas de final, terá que enfrentar o líder do Grupo A, muito provavelmente o Brasil. Não pesa somente que os brasileiros joguem em casa, mas também o fato de que o Brasil deixou em frangalhos os sonhos dos chilenos na semifinal da Copa do Chile em 1962, nas oitavas na França em 1998, e nas oitavas na África do Sul em 2010.
Fora de campo, o Chile conta com o apoio de cerca de 40 mil torcedores, cuja empolgação transbordou quando 150 pessoas invadiram o centro de mídia do Maracanã antes da partida contra a Espanha, e seis foram detidos por tentar forjar credenciais de imprensa. A euforia se explica porque o Chile tem demonstrado uma enorme confiança de ir longe no Mundial, apoiado por uma série de jogadores de alto nível como Alexis Sánchez, do Barcelona, e Arturo Vidal, da Juvenuts.
Ao ser questionado por jornalistas, Vidal não titubeou: “Esta é a melhor geração do futebol chileno na história”.
(Com a Reuters)