O impasse no sistema de transporte coletivo continua. Em assembleia realizada neste domingo na sede do Sinditransporte, foi rejeitada a proposta inicial do Setransp: 7% de aumento nos salários, outros 7% de reajuste na gratificação suplementar e aumento do ticket alimentação de 375 para 435 reais. Com a rejeição, na próxima quarta-feira, será realizada audiência no Tribunal Regional do Trabalho, em que será dado prosseguimento no julgamento do dissídio coletivo.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Janilda Guimarães, esteve no espaço e acompanhou a assembleia. Ela destaca que esta foi uma determinação do judiciário para que o direito dos trabalhadores seja preservado, assim como o direito do cidadão. “Na verdade existem interesses que devem ser garantidos e assegurados, o interesse dos trabalhadores e da população,” afirma.

De acordo com a procuradora, os trabalhadores tem o direito de greve, mas precisam cumprir vários requisitos, que se não forem cumpridos, a greve será considerada ilegal.

O presidente do Sinditransporte, Alberto Magno, argumenta que como a proposta do Setransp foi rejeitada, agora tudo volta a estaca zero. Ele descreve que uma greve não está descartada.

Nós apresentaremos a proposta inicial de 15% no salário, 15% na gratificação e R$ 500 no ticket alimentação. Isto já estava negociado, vamos voltar ao tribunal e ver se sai um acordo. Se não sair, vamos convocar uma assembleia e partir para a greve, respeitando a legislação.

O presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, destaca que espera que o Setransp apresente uma nova proposta até quarta-feira, para que este impasse possa ser encerrado.

Quem tem que trazer é o Setransp. A proposta de reinvidicação do sindicato já foi feita em fevereiro. A proposta do Setransp foi rejeitada mais de uma vez. Estamos aguardando uma proposta plausível.

A audiência na Justiça do Trabalho será realizada na próxima quarta-feira (4).