Até agora estou perplexo, não acredito que fiz parte de um capítulo lastimável da história do futebol brasileiro. Eu apostando que o jogo acabaria as 21h30. Uma hora depois estaria no hotel arrumando minha mala para voltar para casa depois de 11 dias fora de Goiânia e quase 5 mil quilômetros percorridos pelo Brasil acompanhando Vila Nova, Atlético e Goiás.

Como estou voltando para casa daqui a pouquinho, resolvi escrever no meu blog. Até agora não sei quais palavras poder relatar. Emerson Leão e Rafael Moura: não existe defesa. O atacante, a imagem é clara. No treinador, eu estava ao lado quando Leão acertou um soco preciso em um reporter, a execução do ato deixaria muito pugilista com inveja. A fúria dele ao ser contido por Romerito que recebeu inúmeras ameaças, com expressões faciais inesquecíveis. O garoto Rafael Toloi sendo ameaçado pelo cães da PM que tampouco conseguia reagir a tamanha selvageria…

Não vou execrar um e beatificar o outro. Houveram repórteres que agrediram os atletas esmeraldinos, um ciclo vicioso em que mais uma vez perdeu o futebol. Depois de mais de três horas diante do 10º Distrito Policial aguardando os depoimentos de todos os envolvidos. Leão e Moura responderam pela briga. Marcão foi confundido e Romerito foi acusado de agredir verbalmente um soldado. Sinceramente, pelo que presenciei da situação, Romerito tentou acalmar Leão e ele dizendo que se não soltasse iria bater nele… o meia era integrante da turma do deixa disso.

O que mais me impressiona é que antes do jogo começar, eu, Leão, Eduardo, assessor e Pedro Rabelo de uma outra emissora de rádio de Goiânia conversávamos naturalmente. Leão se apresentado com uma simpatia semelhante a de Geninho. Me deparei nesta noite com duas pessoas completamente distintas. Pena que a última é completamente reprovável.

E agora o que acontecerá? Leão e Moura vão responder na justiça pela agressão. O repórter também deveria ser punido. Mas infelizmente o jornalismo não existe um conselho para organizar a postura dos profissionais ou melhor dois trabalhadores da área.

Uma experiência impressionante, mas não quero passar por isto de novo. Estou sem palavras.