Os professores grevistas deixaram o Plenário da Câmara após 13 dias de invasão, mas apesar da intenção de parte dos vereadores de reiniciar os trabalhos, não ocorrerá sessão nesta terça-feira (22). Ao todo, 14 vereadores estiveram presentes na Casa, dois a mais que o número mínimo necessário para iniciar a sessão, mas servidores e empresas terceirizadas ainda avaliam os danos na estrutura do Plenário após a ocupação. Até o momento, 17 microfones foram danificados, diversos fios cortados e existe a suspeita de danos no painel de votações. Uma reunião foi marcada pela presidência para quarta-feira (23), às 10 horas.
O primeiro vereador a chegar para o trabalho na manhã de hoje foi Eudes Vigor (PMDB), mas encontrou as portas do Plenário trancadas. Após localizar o funcionário responsável pelas chaves e liberar o acesso ao local, mais vereadores começaram a chegar, avaliar os danos ao patrimônio e conversar sobre a ocupação dos últimos dias. O presidente da Câmara, Clécio Alves, também compareceu e concedeu uma coletiva em que defendeu a importância de verificar a situação dos equipamentos antes da volta aos trabalhos.
Uma empresa terceirizada vai avaliar o painel eletrônico, que durante a ocupação foi atingido por objetos e por garrafas de água. A suspeita é que o líquido tenha entrado e danificado o sistema elétrico. O vereador Elias Vaz (PSB) diz que na verdade os microfones foram retirados para evitar danos. Como estavam presos, os cabos então foram cortados. “É coisa simples, apenas uma solda e o problema é resolvido”, completou.
Elias também criticou a decisão do presidente de não abrir a sessão. Segundo ele, Clécio passou por cima do regimento. “Tinha quórum, o presidente não tem autonomia para definir sozinho que não vai ter sessão. Tanto vereadores da base como da oposição queriam iniciar os trabalhos”, afirmou.