O presidente do PT em Goiás, Valdi Camarcio, afirmou que não entende a reclamação por parte do governo do Estado em relação à negociação da Celg.
“O governador fez o que fez com o prédio da Celg. Nós falamos que precisamos de uma alternativa para a Celg em Goiás, caso contrário o Estado vai parar, já que a companhia não investe. Alguém acreditar que fazemos política rasteira é um absurdo. O governo tem uma política de privatização. Esse negócio de Credit Suisse é um argumento para ir entregando. Entregou 49 e daqui uns dias entrega mais 10”, declara.
O repórter da RÁDIO 730 Frederico Jotabê fez algumas perguntas em relação ao apoio a Paulo Garcia e as eleições para o governo de Goiás em 2014.
Fred: Valdi, ontem o ex-prefeito Iris Rezende falou que defendeu a candidatura de Paulo Garcia, e que o PMDB goianiense apoie o prefeito, mas condicionou isso a um apoio do PT em 2014. Só que o partido tem um pré-candidato. Como vai ficar essas negociações com o principal aliado do PT em Goiás?
Valdi: “A relação com o PMDB é muito boa, entendemos o quadro político do nosso Estado. Vamos trabalhar para fortalecer essa aliança em 2012. Queremos estar juntos em todo o Estado. Onde estivermos melhores, nós apoiamos o PMDB e eles nos apoiam, e é claro que estamos visando 2014. Este é o momento para todos os partidos colocarem seus nomes também. Temos nomes, como o deputado federal Rubens Otoni, mas primeiro vamos vencer 2012 e depois vamos começar 2014. Temos certeza que estaremos juntos com o PMDB, sem problemas nenhum”.
Fred: Sobre as nomeações dos cargos de segundo escalão do governo federal aqui em Goiás. No caso do PT, já está definido em quais cargos o PT vai indicar?
Valdi: “Não, essa discussão não passa pelo diretório estadual, se passasse facilitaria muito para nós. É um processo de negociação do governo federal. Há uma preocupação nossa de sempre reivindicar que possamos ocupar cargos, mas entendemos também os partidos aliados. Não foi definido ainda porque tem sido definições lentas”.
Fred: A possibilidade da não nomeação de Iris na Sudeco pode azedar essa relação PMDB PT?
Valdi: “Acredito que não. Aqui o PMDB sabe que nós do PT priorizamos o cargo para o ex-prefeito Iris Rezende, cargo para o ex-deputado Pedro Wilson e para o ex-deputado Marcelo Melo. Foram companheiros que entregaram seus mandatos para ajudar os nossos projetos”.
Boicote ao governo Marconi
Valdi Camarcio afirmou que não existe tentativa dos partidos da base da presidente Dilma em Goiás de irem a Brasília pedir bloqueio de verbas para o Estado.
“O PSDB fica criando chifre em cabeça de burro. A conversa que tivemos com o ministro foi dizer que os partidos aliados à presidente Dilma estão unidos e trabalhando, e queremos mais recursos para Goiás. Sabemos que o governo é republicano, e estamos mostrando que apesar de o governo ser oposição ao governo de Dilma, isso não impede nenhum recurso para lá”, relata.
Sobre as obras federais em Goiás, o presidente petista disse que o governador tem direito de ir e participar, e só pede à assessoria do governador que comunicassem aos deputados federais para eles também estarem presentes representando os partidos.
“Primeiro nos apresentamos, queríamos ter esse canal aberto, e no final falamos sobre as obras do governo federal, que para nós era importante que soubéssemos antes para podermos escalar os deputados. Não tem essa de que fomos massacrados a pedido do governador. Trabalhamos sério, e fazemos política pensando no nosso Estado”, defende.