A necessidade de uma partida de 3º lugar, para muitos, é completamente desnecessária, seja pela motivação ou até mesmo pelo que a posição possa representar para uma equipe que almejava o título. O técnico da Holanda, Louis Van Gaal, defende essa tese e a tornou pública após a derrota nos pênaltis para a Argentina, na última quarta-feira. Só que agora o treinador, após conversar com os atletas, conseguiu achar um objetivo no fim do túnel.
“Viemos para cá com um objetivo, e tínhamos a esperança e fé que iríamos conseguir isso. Podemos não ser a melhor equipe em qualidade, mas somos a equipe mais difícil de se vencer. Agora, queremos o terceiro lugar e a marca de sair desta Copa sem perder nenhum dos sete jogos. Nunca teve uma equipe da Holanda que voltou para casa invicta, e temos que ir atrás disso. Esse é o objetivo agora”
Mesmo assim, o clima entre os holandeses não é dos melhores, e os jogadores se mostrar cabisbaixos, bem diferente da alegria demostrada no Rio de Janeiro durante a competição. O time realizou o treino de reconhecimento no gramado do Estádio Nacional, em Brasília, mas o ritmo foi bem mais comedido. Van Gaal, inclusive, destacou que a tristeza pode ser maior do que as dos brasileiros, já que a Holanda pode terminar a Copa “invicta” e sem o título.
“Estamos desenvolvendo esta atmosfera, eles (jogadores) estavam muito tristes, o sonho acabou e ele não vai voltar agora, eles queriam ser o número 1. Todos nós também pensamos assim, perder daquela forma é a pior maneira. Por isso, eu disse que é melhor perder de 7 a 1, porque desta forma você realmente perdeu. Nós não, nós saímos nos pênaltis, não perdemos, e isso é muito triste.”
Conflito
O adversário deste sábado já esteve na mira de alcance de Van Gaal nesta Copa do Mundo. O treinador já destacou durante a primeira fase que o Brasil estaria sendo favorecido pela FIFA pelo fato da última rodada do Grupo B ter acontecido antes do Grupo A, o que ele não compreendia. Agora, Van Gaal voltou a reclamar que teve uma dia a menos de descanso para o jogo desse sábado, e que Felipão não pode ignorar isso dessa vez.
“Eu sempre me atenho aos fatos. O fato é que o Brasil começou jogando primeiro a Copa do Mundo, estava no Grupo A, como primeira equipe. E depois jogou a partida decisiva da primeira fase depois de nós. Agora, novamente os brasileiros jogaram antes e tivemos que entrar em campo um dia depois. Esses são fatos e não vou lutar contra os fatos. A pergunta é: Por que isso? Scolari precisa pensar sobre isso. E ele pode fazer isso”
