O senador Vanderlan Cardoso (PSD) afirmou em entrevista à Sagres que confia no sistema eleitoral e que tem “propriedade” para falar do assunto. “Eu já disputei eleições pesadíssimas e o que apresentou nas urnas é aquilo que eu tive. E foi assim para senado, governador, prefeito de Goiânia e para prefeito de Senador Canedo. Eu não tenho porque duvidar do nosso sistema eleitoral”.
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Vanderlan declarou que concorda com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) em muitos pontos, mas que neste, em relação à segurança das eleições, ele discorda. Para o político, as frases de Bolsonaro a respeito do tema “prejudicam muito”. “O Congresso Nacional não apoia 100% está ideia, tanto que acredito que o voto impresso não vai passar nem na Câmara dos Deputados. Se passar, não passa no Senado. Não é unanimidade e não tem o congresso apoiando”.
Apesar das críticas às declarações de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral brasileiro, o senador eleito por Goiás não acredita que elas atrapalhem o trabalho das casas legislativas. “O que atrapalha as pautas positivas para o nosso país é a CPI da Covid, que é uma antecipação das eleições. E matérias importantes com relação à Covid, com relação à geração de emprego e renda, todas foram discutidas e aprovadas no Congresso Nacional. Agora eu confesso para você que a CPI da Covid atrapalha e muito a atenção que poderia ser dada para as outras pautas que estão no Congresso nacional”.
Eleições em Goiás
Depois do pleito eleitoral de 2020, quando foram adversários, Vanderlan e o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) se encontraram duas vezes. Questionado sobre o assunto, o senador afirmou que tem uma parceria apenas administrativa com Goiânia, mas que pode ser política, dependendo da situação.
“Pode ser, porque o prefeito faz parte de um partido que a gente dialoga em Brasília. Eu tenho o maior respeito, não vou fechar, em hipótese alguma, as portas do meu gabinete, ou deixar o trabalho que a gente pode fazer para que Goiânia resolva os gargalos e problemas que tem”.
As discussões durante a disputa das eleições foram deixadas para trás, segundo Vanderlan, que reafirmou “ter obrigação” de ajudar Goiânia por ser senador. “A eleição passou, nós tivemos um embate doído, uma das piores eleições que eu já disputei, contra a Covid e contra a má informação […] Se eu ficasse remoendo as eleições, da forma que foi, eu estaria com uma doença incurável com tudo que passou durante a campanha. Todas as edições que fizeram das minhas falas, áudios que vazaram”.
O senador também comentou sobre a possibilidade do PSD integrar a base do governador Ronaldo Caiado (DEM) para as eleições de 2022. Vanderlan disse que, neste momento, para montar uma chapa competitiva, o presidente do partido, Vilmar Rocha, tem se reunido com várias siglas.
“As eleições para 2022 serão muito concorridas, com muitos candidatos à reeleição, então é natural que os partidos sejam procurados com muita antecedência. Agora, não tem nada definido, isso só ocorrerá, como em todas as eleições, quando estiver próximo das convenções”.
Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: