O ex-prefeito de Senador Canedo e pré-candidato ao Governo do Estado pelo PR e pela Nova Frente, Vanderlan Cardoso foi o convidado desta terça-feira do Quadro Opinião Livre, do Jornal 730.
No Estúdio da emissora, Vanderlan falou sobre os rumos da sucessão no Estado e reiterou que pretende fazer uma campanha pautada em projetos, sem ataques pessoais e discussões meramente políticas. O pré-candidato negou que exista a possibilidade de ser vice em outras chapas e afirmou que sua candidatura está consolidada e que entra na disputa para vencer. Acompanhe um trecho da entrevista.
Há praticamente um mês o senhor lançou a pré-candidatura Governo. O que mudou de lá para cá?
O lançamento nos deu mais ânimo para que a gente organizasse a casa e saísse com mais tranquilidade para o interior. Estamos recebendo apoio de muitas lideranças e nos reunindo com outros partidos.
O senhor disse que priorizaria as conversas com os lideres que ainda não tinham se definido. Em Piracanjuba, o prefeito Ricardo de Pina é declaradamente Marconista. O que você conseguiu reverter nesse processo?
Na cidade eu me reuniu com lideranças, não com o prefeito. Mas nós fomos lá pra fazer esse contato, colhendo sugestões para o nosso plano de Governo e conseguimos o apoio de muitas lideranças.
Qual a principal idéia que o senhor quer colocar na campanha?
Infraestrutura para o Estado. A questão das estradas e da CELG são fundamentais. Além da saúde que é uma preocupação em todos os municípios. Na educação é interessante a questão dos cursos de qualificação profissional. As pessoas não querem só cursos superiores. Querem qualificação.
Dentre dos boatos que tomam conta da campanha, as pessoas dizem que o senhor pode ser vice de um ou de outro candidato. O que o senhor acha disso?
É normal. Se fosse pra negociar vice a gente já teria feito isso. Não só o meu partido, mas muitos prefeitos estão me acompanhando e eu não colocaria nenhum campanheiro em dificuldade. Nossa candidatura é pra valer e eu tenho certeza que nós vamos sair vitoriosos.
O senhor se considera o candidato do Governo. Vai defender Alcides Rodrigues nessa eleição?
Eu defendo porque acredito no trabalho que ele fez. Se você encontrar com o Governador ele está com o sorriso largo. O que ele mais queria era levar os recursos para os municípios, mas a situação financeira do estado não permitia isso. Agora ele está conseguindo.
Na semana passada, o sendor Marconi Perillo disse que foi ao TCU denunciar o Dnit por mau uso do dinheiro público. Há um combate entre o PSDB de Marconi e Sandro Mabel, do seu partildo. Até que ponto isso atinge o senhor?
Não atinge em nada. A justiça é que tem que apurar, tanto a questão do dossiê, quanto a do Dnit. Que se coloquem as provas e a justiça vai apurar.
O senhor já se declarou amigo de Iris Rezende e também de Marconi Perillo. Como fica essa relação durante a campanha?
Da minha parte vai ser a melhor relação possível. Minha campanha vai ser de propostas ede projetos. Não vou perder tempo em hipótese alguma com discussões políticas.
Como foi a conversa com Ronaldo Caiado (DEM) em Brasília? Teve algum acerto com o partido?
O DEM tem uma questão nacional que depende do lançamento de José Serra à presidência e tem algumas dúvidas em Goiás. O partido hoje é a ‘menina dos olhos de todos nós’ (pré-candidatos). O Demóstenes (senador) está muito tranquilo assim como o Ronaldo Caiado (dep. federal) e os dois tem grandes possibilidades de reeleição.
No PP, o senhor tem o apoio declarado de Alcides Rodrigues, do presidente do partido, Sérgio Caiado, e do presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Abelardo Vaz, mas o partido não consegue reunir nenhuma instância pra deliberar nada. Isso te incomoda?
Cada partido tem sua maneira de fazer política. O partido tem muitas lideranças e eu tenho visto uma ação mais direta do Governador, agora, ajudando nessa conversa. As coisas estão sendo encaminhadas.
Que fato fez o senhor topar ser candidato?
Nós trabalhávamos com os nomes de Sandro Mabel e Ademir Menezes (vice-governador) no partido, mas recebemos pesquisas mostrando o perfil que eleitor queria e é um pouco compatível com o meu perfil. De gestão, planejamento. Eu aprendi muito com as empresas e levei um pouco disso para a prefeitura e nós conseguimos ter êxito.