O Plenário da Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira (13) projeto do Poder Executivo que prevê a venda de 18 áreas públicas em Goiânia. Antes do início da votação, vereadores da base aliada do prefeito Paulo Garcia (PT) e parlamentares de oposição protagonizaram verdadeiras “batalhas”.

Os governistas defendem que com a desafetação das áreas públicas a Prefeitura irá arrecadar R$ 250 milhões de reais – dinheiro que irá reforças o caixa do município em meio a crise financeira enfrentada por Paulo Garcia.

Já os parlamentares de oposição criticaram a matéria alegando que a proposta beneficia empresários do setor imobiliário e impede a construção de casas populares em Goiânia. 

Presidente do PSDB chama vereador de “malandro”

“O maio prejuízo é você comprometer toda uma região – principalmente aquela região do Paço Municipal. Com a construção de 300, 400 prédios nós enfrentaremos um verdadeiro caos”, alerta o vereador Elias Vaz (PSB). Aprovado em segunda e última votação o projeto segue para sanção do prefeito. “Vamos (oposição) recorrer ao judiciário – entraremos com uma Ação Popular para defender os interesses da sociedade” garante.

Líder do prefeito na Câmara, a vereadora Célia Valadão (PMDB), diz que o dinheiro arrecadado com a venda das áreas públicas a prefeitura será convertido em benefícios para o cidadão goianiense. “O projeto é bem claro: várias obras, vários destinos que já são apresentados bem claros no projeto”, explica.

Composto por quatro vereadores ( Divino Rodrigues, PROS, Dr. Bernardo do Cais, PSC, Paulo da Farmácia, PROS, e Zander Fábio do PSL) o bloco moderado se absteve da votação alegando que a base aliada teria prometido incluir emenda que garantia a desafetação de parte dos terrenos para construção de moradias populares. “É inadmissível atender vários segmentos da sociedade e não atender áreas de interesses sociais- que é a área de habitação”, pontuou.