O vereador Antônio Uchoa (PSL) pediu licença do cargo junto à presidência da Câmara Municipal na segunda-feira (04), mas agilizou a retirada do pedido antes da votação, nesta terça (05). Tudo estava acertado com a prefeitura para que ele assumisse a secretaria de Fiscalização, mas o Bloco Moderado vetou a nomeação. 

A liderança do Bloco é de Paulo da Farmácia (PROS), mas o principal articulador, de fato, é Zander Fábio (PSL). O argumento recebido por Uchoa para não assumir a pasta é de que a opinião pública se voltaria contra o grupo, pois entenderia que os cinco vereadores estariam “se vendendo” ao Paço. Esta análise é feita por conta da votação que causou a invasão do plenário da Câmara, no dia 08 de outubro.

Na oportunidade, o Bloco votou a favor dos servidores e contra a prefeitura em emenda então proposta pelo vereador Virmondes Cruvinel (PSD). Antônio Uchoa já tinha negociado a ocupação da secretaria de Fiscalização, mas pediu tempo ao prefeito e estabeleceu que até o dia 1º de novembro resolveria a questão com os parceiros de Bloco e poderia assumir.

Duas reuniões foram realizadas entre a prefeitura e o vereador, uma na sexta-feira (01) e outra na segunda (04), quando Uchoa decidiu aceitar o convite e enviou o pedido de licença à Mesa Diretora da Câmara. A requisição deveria ser apreciada em plenário na sessão ordinária desta terça, mas, depois do veto do Bloco, o vereador determinou a retirada da matéria, que sequer foi incluída na pauta.

Para tentar compensar o cancelamento da ida à secretaria de Fiscalização, os vereadores do grupo garantiram a Antônio a presidência do diretório metropolitano do PSL. A bancada do partido na Câmara é composta, além de Uchoa, por Zander e Jorge do Hugo, que já faz parte da base aliada a Paulo Garcia (PT).