O vereador Romário Policarpo (PTC) acusa um sargento da Polícia Militar, cujo nome não foi divulgado pela corporação, de ter cometido crime de racismo durante abordagem realizada na tarde de sexta-feira (10), no Cepal do Setor Sul, em Goiânia.
Ele e o vereador Vinícius Cirqueira (PROS) foram parados em uma blitz da Polícia Militar no Cepal do Setor Sul, quando Romário e o motorista do carro oficial da Câmara, Armindo Batista Pereira, teriam sido chamados de “neguinhos” pelo policial. Depois disso, Vinícius questionou o sargento sobre a ofensa racial e acabou preso.
Romário Policarpo relatou como tudo teria ocorrido.
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A partir deste momento, segundo o vereador Romário Policarpo, o desentendimento com o sargento da PM se intensificou. Vinícius Cirqueira teria sido algemado e levado primeiro para uma van da PM. Depois, foi colocado em uma viatura e conduzido para o Batalhão do Choque, o que não é o procedimento padrão.
Neste ponto, o vereador Romário Policarpo, que também é guarda municipal, já contava com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e cobrou que todos fossem à Central de Flagrantes para que os fatos fossem relatados para o delegado de plantão.
Policarpo reforça que Vinicius Cirqueira teria sofrido tortura e cárcere privado e que vai denunciar o sargento da PM pelo crime de racismo.
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O assessor de comunicação da Polícia Militar, coronel Granja, analisou o caso e fez questão de negar, assim como o vereador Romário Policarpo, qualquer crise institucional entre a corporação e a Câmara Municipal de Goiânia. O coronel apresentou a versão dos fatos dada pelo sargento responsável pela abordagem dos vereadores.
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O coronel Granja nega que o sargento da PM tenha proferido qualquer ofensa racial contra o vereador Romário Policaro e o motorista Armindo Batista Pereira, mas garante investigação interna sobre o caso.
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Os depoimentos e possíveis autuações são de responsabilidade do delegado Ranor Araújo, da Central de Flagrantes da Polícia Civil.
Do repórter Rubens Salomão