Depois de finalizado o trabalho da Comissão para Elaboração da Planta de Valores Imobiliários, que atualizou o valor venal dos imóveis dos 671 bairros de Goiânia, a prefeitura enviará à Câmara Municipal, projeto que define reajuste no IPTU. A matéria foi apresentada a empresários que participaram da Comissão e prevê aumento de até 20% na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O índice seria definido a partir de estimativa da inflação em 2015, entre 9% e 10%, somada a aumento real de 10%. Diante da possibilidade, vereadores da base do prefeito e da oposição consideram o projeto inviável. O vereador Eudes Vigor-PMDB deixa claro que não apoia o reajuste apresentado:
“Eu percebo que o momento não é propício para o aumento de nada. Mas se for para subir, tem que ser um índice bem menor. 20% eu acho que não será aprovado, primeiro pela crise que vive o país, os cidadãos estão vivendo na pele essas dificuldades. Segundo que por ser um ano que antecede eleições, não vai passar nada nesse sentido”.
O vereador Paulo Magalhães-SDD também é da base do prefeito Paulo Garcia-PT, mas mostra insatisfação com a proposta de aumento do IPTU: “Sou vereador da base, mas não participei dessa planta de valores. Sou empregado do povo, não posso votar em algo que prejudica a população. Fico até indignado com isso. Já falei isso com o prefeito, mas não estou sendo reconhecido”.
O opositor Elias Vaz (PSB) também é contra o aumento de 20% no IPTU e afirma que vai rejeitar qualquer proposta com valores acima da inflação: “Sou contra qualquer aumento real do IPTU. Estamos vivendo uma situação dificílima no país. Não é aumentando imposto que nós vamos ajudar a sociedade. Imposto tem que estar vinculado ao poder aquisitivo do povo. Peço que se essa Casa tiver o mínimo de respeito com a sociedade, reprove esse projeto”.
O projeto de atualização da Planta de Valores deve ser enviado à Câmara Municipal na próxima semana.
*Com informações de Rubens Salomão.