Funcionários da prefeitura e da Câmara Municipal de Goiânia deixaram de trabalhar na última quarta-feira para participarem de caravana que levou militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Eles participaram de ato em apoio aos petistas condenados no processo do mensalão, presos no último final de semana.

Entre os servidores, estão funcionários de gabinete do vereador Carlos Soares (PT), que é irmão do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, um dos condenados que cumpre pena no local. O vereador confirmou apenas a participação de seu chefe de gabinete, Weldes Medeiros, e garantiu que o funcionário via ter o ponto cortado. “A primeira zonal do Partido dos Trabalhadores organizou e convidou várias pessoas para ir à Brasília ser solidários aos companheiros que estão presos na Papuda. Foi um funcionário do meu gabinete, o outro que é citado no site da Terra não foi. O que foi está com o ponto cortado. Essa atividade não poderia ser como do mandato,” afirma.

A estagiária Christiane de Paula Rodrigues trabalha no gabinete do vereador Tayrone Di Martino (PT) e também foi a Brasília. O parlamentar afirmou em entrevista não saber da viagem da funcionária, mas prometeu apurar e também cortar o ponto. “Eu estou sabendo desta informação agora. Óbvio que se tem alguém que não está aqui em horário de serviço e não houver uma justificativa plausível, a gente vai tomar as providências devidas. Neste caso é colocar a falta da pessoa para que a Câmara corte o ponto naquele dia,” aponta.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que vai investigar os funcionários da prefeitura e da Câmara Municipal de Goiânia que não compareceram ao trabalho na quarta-feira para participarem da mobilização em favor dos condenados no processo do mensalão.
Segundo o Portal Terra, ao menos três servidores da prefeitura também viajaram.