A falta de serviços públicos em Uruana, a 156 quilômetros de Goiânia, e o envolvimento do prefeito Glimar do Prado (PP) em casos de corrupção levaram vereadores, estudantes e a população da cidade a organizar uma manifestação de rua. O protesto está marcado para as 17h em frente ao Ginásio de Esportes da cidade e vai exigir a cassação de Glimar. O processo já tramita na Câmara Municipal.

O presidente da Câmara, vereador Atâmis Batista, explica que, além da prisão do prefeito na operação Tarja Preta, do Ministério Público Estadual, a cidade tem vivido maus momentos. “Nós estamos pedindo o afastamento do prefeito, porque a população já não aguenta mais o descaso com a cidade. Após a Operação Tarja Preta, a cidade parou. A cobrança não é somente pela Operação Tarja Preta, mas também por conta de outros contratos superfaturados,” argumenta.

Sobre o processo de cassação, a Câmara está dividida. Dos nove vereadores, três ainda estão indecisos, dois ainda são da base de Glimar do Prado e quatro alegam ser da oposição. O presidente da Câmara de Uruana, Atâmis Batista, explica que o processo só deve ser votado daqui uma semana. “Provavelmente será votado na próxima sexta-feira (14). Há alguns vereadores que são ligados ao prefeito. Cassar um prefeito não é fácil por causa de alguns acordos políticos,” analisa.

A reportagem da 730 tentou conversar com o prefeito de Uruana, Glimar do Prado (PP), mas não houve resposta, tanto em seu número pessoal, quanto por meio da prefeitura. A manifestação que pede a cassação do gestor será realizada daqui a pouco, às 17h, em frente ao Ginásio da cidade.