Dois vereadores fizeram acusações graves contra o servidor municipal efetivo, Fernando Contart, que ocupa a Diretoria de Operações da Secretaria Municipal de Obras (Semob). Elias Vaz (PSB) usou a palavra e denunciou que o diretor teria assediado moralmente servidores e cidadãos que cobravam serviços da pasta.

O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), também fez declarações contra Contart e relatou situações em que o servidor teria cometido assédio sexual contra uma estagiária. Diante das denúncias, um requerimento foi apresentado com pedido de exoneração de Fernando e teve, até o fim da sessão desta terça, 23 assinaturas de vereadores.

Em entrevista, Elias Vaz confirmou as acusações. “Ele tem tido um comportamento não compatível com alguém que ocupa essa função, seja com contribuintes, seja com os funcionários daquela secretaria, que tem reclamando de forma muito ostensiva. A promoção de assédio moral é uma situação permanente,” aponta.

Clécio Alves também repetiu as denúncias e contou uma situação pessoal. “Já assinei o requerimento. É a segunda vez que acontece um assédio moral com a estagiária que presta serviço naquela secretaria. Antes que ele diga é minha sobrinha. Ele de uma forma truculenta, desrespeitosa, agressiva inclusive. A menina saiu de lá em prantos,” acusa.

De acordo com Clécio, Fernando Contart também praticou assédio moral e sexual contra outra estagiária na mesma secretaria.

Em resposta, o diretor de Operações da SEMOB, Fernando Contart afirmou que vai solicitar judicialmente a gravação da sessão em que os vereadores fizeram as acusações. Ele ainda garantiu abrir processo por calúnia e difamação contra os parlamentares. “Nesse caso de assédio moral a funcionários, se for interpretado assédio moral para quem não quer trabalhar, assim eu vou assediar todo o órgão da SEMOB. O que está havendo aqui é que tinha muitos funcionários acostumados a ficar atoa, não trabalha, e ainda receber hora extra por isso. Nós estamos acabando com essa prática aqui dentro, que é histórica,” justifica.

Segundo Fernando, alguns dos funcionários que o acusam são indicados pelos vereadores ou por outros que estão apoiando essa iniciativa de crucifica-lo.

O requerimento que pede a exoneração de Fernando Contart ainda será apreciado no plenário da Câmara.