A declaração do promotor de Defesa do Patrimônio Público, Fernando Krebs, à Rádio 730, de que irá pedir a quebra do sigilo telefônico e bancário de todos os vereadores de Goiânia irritou os parlamentares.

Os vereadores foram à tribuna criticar o representante do Ministério Público de colocar sob suspeita a Câmara no escândalo envolvendo políticos e o empresário do jogo do bicho, Carlinhos Cachoeira.

O vereador Djalma Araújo, do PT, defende os colegas e diz que a estratégia do promotor é desviar o foco do principal investigado da operação, o senador Demóstenes Torres, colega de Ministério Público de Krebs.

“Achei inoportuno, quem está sendo investigado é um promotor que hoje é senador. Isso é um pano de fundo pra mudar a tensão e a Câmara não tem nada a ver com isso. Porque o MP nunca tomou uma posição pra investigar o jogo em Goiás¿”, questionou.

O vereador Alfredo Bambu também foi em defesa da Casa. Diz que o foco da investigação não é Câmara de Goiânia e que o promotor quer levar um problema para dentro do Legislativo municipal. “É uma precipitação e não tem indícios pra fazer isso. Todos já sabem que essa operação não foi feita na Câmara que não gera influência ou poder sobre isso”.

A declaração de Krebs também irritou a mesa diretora. O presidente da Casa, vereador Iram Saraiva (PMDB), encerrou a sessão para estudar uma resposta do promotor. Iram não quis dar entrevista.