Os vereadores de Goiânia decidiram, após reunião a portas fechadas durante a sessão extraordinária desta quinta-feira (27), recuar da tentativa de aumento de salários para a próxima Legislatura. Com a aprovação de uma emenda que mudou a Lei Orgânica do Município, os parlamentares abriram caminho para viabilizar um subsídio maior para eles, o prefeito e vice eleitos, e secretários do município, no entanto, temendo desgastes com a medida, desistiram de uma fixação de salários com percentual maior.
Djalma Araújo (PT) foi o único a falar com a imprensa a respeito do assunto após a reunião reservada. Ele admitiu que a possibilidade de desgaste com a sociedade e a cobrança da imprensa influenciaram na decisão unânime dos colegas, mas diz que a decisão traz credibilidade à Câmara. “Mostra respeito com o contribuinte, que paga os nossos salários”, argumentou.
Agora, os próximos vereadores, além do prefeito e vice-prefeito eleitos e secretários vão receber, nos próximos quatro anos, o mesmo subsídio pago no mês de dezembro deste ano. Durante os próximos quatro anos, devem ter apenas reajustes relativos à inflação.
Antes do período eleitoral, a Câmara chegou a aprovar um reajuste de 35%, que foi vetado pelo prefeito Paulo Garcia.