O projeto de Lei que institui o auxílio locomoção aos professores da rede municipal de Educação de Goiânia voltou a ser apreciado pelos vereadores no plenário da Câmara. Duas emendas foram apresentadas e aprovadas por unanimidade, que definem o pagamento retroativo do benefício a partir do dia 1º de outubro. A matéria voltou para nova análise da Comissão de Constituição de Justiça e só deve retornar ao plenário para segunda e última votação na quinta-feira da próxima semana.

O pagamento retroativo era um dos compromissos firmados pela prefeitura com os manifestantes, como explica a líder do governo na Câmara, Célia Valadão (PMDB), que propôs as emendas. “Esse projeto está garantindo o retroativo de 1º de janeiro. No está a manutenção dos 26,5% que foi feito por meio de documento, que já está sendo elaborado e encaminhado para esta casa. Este é um processo específico para equiparação desse reajuste,” explica.

O vereador de oposição Elias Vaz (PSB) concorda com o pagamento retroativo, mas acredita que os dois reajustes de 26,5% sobre o benefício deveriam ser instituídos já neste projeto de Lei. A prefeitura promete ainda enviar outra matéria para esta definição. “Eu acho importante que seja garantido no projeto de lei as emendas que significam a síntese do acordo. A questão de retroativo é importante,” ressalta.

O professor Renato Regis, que é um dos coordenadores do Comando de Luta pela Educação, explica que a greve está suspensa e pode voltar, caso a prefeitura não cumpra o que foi acordado com a categoria. “É importante lembrar que a greve não acabou. Ela está apenas suspensa. A assembleia está marcada para o dia 21 de novembro. Nós estamos aguardando o envio do projeto de lei que estabeleça a incorporação da gratificação de regência na aposentadoria. Se a prefeitura não cumprir aquilo que prometeu, existe a possibilidade do movimento grevista retornar,” alerta.

O projeto retornou à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que só volta a se reunir na próxima quarta-feira. Só depois desta reanálise é que a matéria será apreciada em segunda e última votação no plenário.