O veto do prefeito de Goiânia à matéria que define reajuste de 35,5% aos subsídios de vereadores e prefeito já chegou à Câmara Municipal. Ele foi lido no Plenário e passa pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na tarde desta quarta-feira.

O projeto foi aprovado com 19 votos favoráveis contra quatro contrários em segunda votação no Plenário, mas foi negado por Paulo Garcia. A expectativa do vereador Elias Vaz, PSOL, que votou contrário, é de que, desta vez, o texto seja recusado por unanimidade, e o veto do prefeito mantido. A votação deve ser nominal.

“Nós achamos que a tendência é que tenhamos uma unanimidade na Câmara. Isso cria uma responsabilidade sobre cada vereador. Esperamos que os que votaram favoráveis possam rever a opinião e possamos colocar uma pedra nisso”, afirmou, ao repórter Rubens Salomão.

O líder da prefeitura na Câmara, Clécio Alves (PMDB), afirma que os parlamanetares estão liberados para votarem como quiserem sobre esta matéria e espera que o projeto seja encaminhado logo para a última votação no Plenário.

“No que depender de mim, vai ser apreciado o mais rápido possível e cada vereador vai poder votar como preferir, pois não se trata de um projeto de governo”.

O vereador Maurício Beraldo (PSDB), foi favorável ao aumento, mas afirma que ainda vai se reunir com a bancada de oposição para decidir se vota pela manutenção ou pela derrubada do veto.

“Nós vamos sentar para fazer uma análise, diante do aspecto negativo que a imprensa causou. Colocaram como se nós estivéssemos aumentando o nosso próximo salário. É para a próxima legislatura e é preciso dizer isso para a sociedade”, protestou.

Caso o veto do prefeito não seja mantido, os subsídios dos vereadores e secretários municipais sobe de R$ 11.082, para R$ 15.031. Já o subsídio do prefeito seria de mais de r$ 26 mil, valor próximo do recebido pela presidente da República.