O Ministério Público propôs recentemente uma ação para que as empresas que cuidam do transporte público da capital voltassem atrás no aumento da tarifa de ônibus e pudessem operar novamente com o preço em 2,80 por passagem, ao invés dos 3,30 que são praticados atualmente, após o último aumento anunciado.
Porém, o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, a Setransp, Décio Caetano, não acredita que essa medida seja algo palpável. Seu argumento é que sem o aumento, os atuais investimentos feitos pelas empresas, como a aquisição de novos 300 ônibus, não seriam possíveis de serem realizados. Ele explica:
“Voltar ao preço antigo inviabilizaria completamente nossos investimentos e os planejamentos que estão sendo montados. O que a gente tem discutido com o Ministério Público é que o transporte público precisa de novos investimentos e de melhorias. A população quer qualidade, então, a gente precisa ter tarifa para suprir essa necessidade”.
Com o aumento da tarifa confirmado, a Câmara Deliberativa determinou que esse pedido dos 300 ônibus enfim fossem feito. De acordo com Décio Caetano, 70 automóveis já chegarão até o início de abril, enquanto o restante já está em processo de financiamento por parte da empresas. Ele explica ainda que há alternativa para continuar os investimentos sem aumentar a tarifa, mas que, por enquanto, a medida ainda não pode ser aplicada:
“O que foi pensado ano passado foi tirar da passagem custos que não são do usuário para deixar, então, o preço mais acessível. Porém, infelizmente não foi possível implantar essa medida. O governo estadual e as prefeituras estão procurando recursos para implantar essa ideia no ano que vem. Acreditamos que 2016 isso será possível”, declara o vice-presidente.
*Com informações de Mirelle Irene
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