O trecho foi retirado do hino oficial do Vila Nova. Um ponto que remete a busca por vitórias históricas, grandes trajetórias, grandes jogos e emocionantes conquistas. Pena que tenho visto um jeito desvirtuado desta frase e o clube não tem parado de cometer os mesmo erros: trocas incessantes de técnicos, saídas e chegadas constantes de jogadores e o clima de dúvida, apreensão e preocupação que volta a pairar pelo estádio Onésio Brasileiro Alvarenga.

Nesta semana, o técnico Heriberto da Cunha chegou para substituir Hermogenes Neto. Na sequência do choque de gestão, cinco jogadores foram mandados embora. Assim, o Tigre vai para o seu terceiro time na temporada: Morishita (que quase foi rebaixado no estadual), o de Hugo Jorge/Francisco Elísio (o melhor trabalho dos últimos anos e que manteve o Vila com bons resultados na Série C até agora) e agora vai vir o time Newton Ferreira/Lúcio Antônio.

Foram contratados 36 jogadores. Você se lembra de todos? Olha aí a lista: Leandrão (Z), Diego Paulista (v), Henrique Dias (A), Osmar (v), Thiago Viana (z), Ivan (ld), Juninho Paraíba (m), Ernani (LE), Marco Aurélio “marquinhos” (m), Magnum (m), Hyantony (A), Elcimar (A), Rafael (z), Vinicius (G), Neto Gaúcho (z), Washington (m), Victor (z), Alexandre Carioca (v), Diego Barboza (m), Thiago Ramos (m), Chiquinho (ld), Fredson (v), Thiago Marin// Weslley, Douglas Assis, Diego Macedo, Marcelo Pitol (G), Gian (LD), Frontini (A), Marcos Paulo (le), Alisson (v), Robston (v), Felipe Brisola (m), Bruninho (le), Leonardo (le) e Vitor (z).

E foram liberados 31 jogadores em 2013: Ruan, Rafael Morisco, André Luiz, Daniel, Fabinho, Julio (rescisão), Jorginho (justiça/Atlético), Cairo (liberado/Bragantino), Washington (meia), Ivan (Olaria), Magnum (rescisão), Juninho Paraíba (rescisão), Fredson, Thiago Ramos, Leandrão, Hyantony, Henrique Dias, Ernani// Elcimar, Diego Barboza, Chiquinho, Victor Sallinas, Thiago Viana, Rafael, Vinicius, Marcos Paulo, Marcelo Pitol, Gian, Diego Macedo, Alexandre Carioca e Diego Paulista.

Ou seja, mais do mesmo em 2013…

Deixei claro no post anterior que não era a favor da mudança de comando técnico. Mas como foi feito, vamos alguns detalhes do novo comandante. Heriberto da Cunha começou a carreira em 1996 como auxiliar técnico no São Paulo. Seu trabalho está restrito a clubes da região sudeste, nordeste e centro oeste. Pesquisando o último grande trabalho de Heriberto, foi em 2008 pelo Fortaleza quando conquistou o único título da carreira ao ser campeão estadual naquela oportunidade. Na Série B 2008, comandou o tricolor cearense nos primeiros 6 jogos e recebeu proposta para defender o Grêmio Barueri-SP, onde ficou por 11 rodadas (com 48% de aproveitamento). Após ser demitido, voltou ao Fortaleza onde teve um aproveitamento de 43% em 20 jogos e livrou o time cearense do rebaixamento.

De lá para cá, não fez grandes trabalhos em ABC, Brasiliense, Gama, Asa e CRB com aproveitamentos abaixo dos 40%. Em nosso estado, Heriberto comandou a Anapolina e o Itumbiara na edição 2010 do Campeonato Goiano. Fez um trabalho legal na Xata onde figurou algumas rodadas entre os quatro melhores. Depois de sete jogos, se transferiu para o Itumbiara onde não conseguiu livrar o tricolor do rebaixamento. Sobre isso, ele disse que só saiu da rubra por desentendimento com o diretor de futebol da época, não pelo dinheiro do Itumbiara.

O SENTIMENTO É O MESMO QUANDO MARCIO BITTENCOURT CHEGOU: EMBORA O HISTÓRICO RECENTE NÃO SEJA BOM, ESPERO QUE TENHA BOM TRABALHO.

Quanto a saída dos jogadores, isso me pegou de surpresa. Temo pelo impacto disso no grupo. Pra que caminho vai esta ação da diretoria? Mexe com o grupo e tira de uma possível “zona de conforto” ou cria clima de tensão e terror? Só o tempo dirá.

O goleiro Marcelo Pitol foi titular em todos os jogos e tinha um dos salários mais altos do grupo mesmo com algumas mudanças feitas no contrato recentemente. Até agora a única citação sobre este fato foi uma indisciplina. Fato que não foi esclarecido por ninguém da diretoria. Proteção a imagem do jogador que a coloca na linha de artilharia diante das críticas. Muitos bochichos foram lançados – mais levianos que reais. Estou esperando uma boa e convincente explicação.

O lateral Gian chegou a pedido do técnico Márcio Bittencourt. Nunca foi uma sumidade enquanto esteve no clube. Com Hermógenes, pelo menos nos treinamentos, chegava mais a linha de fundo e realizava bons cruzamentos. Não foi nem um rascunho do rascunho do que faz no dia a dia do clube quando esteve em campo contra o Macaé-RJ.

O zagueiro Diego Macedo e o volante Diego Paulista receberam poucas chances durante a Série C. O primeiro começou como titular e depois perdeu a vaga para o Neto Gaúcho – tudo normal. O segundo sequer foi para o banco, mas no Goianão foi bem antes de se lesionar. Achei desnecessária a liberação dos dois.

Já o volante Alexandre Carioca foi a maior injustiça. O jogador sempre respirou Vila Nova. Não era técnico, habilidoso, mas sempre bom na marcação e muito vibrante dentro de campo. Elementos que há muito não se viam nos jogadores do clube nas temporadas passadas.

Em breve mais quatro jogadores serão apresentados no clube e se juntam a Vitor, zagueiro revelado na base do Vila que estava jogando no Mineiros e já está treinando.