A derrota do Vila Nova para o Grêmio de Porto Alegre, por 2×1, não foi nenhum ponto fora da curva. É bem verdade que o Vila poderia ter se valido do momento de incerteza vivido pelo Grêmio, com a demissão do técnico Roger Machado às vésperas do jogo e a não chegada do novo treinador, Renato Gaúcho para dirigir a equipe na partida da última sexta feira, mas friamente pensando deu a lógica. Só numa exceção o Vila Nova vai a Porto Alegre enfrentar o Grêmio na condição de favorito e o momento é de normalidade – o Grêmio era o favorito, mesmo em momento de incerteza.

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O Grêmio foi o time que mais investiu para a disputa desta série B e busca o retorno imediato para a série A. Comparar os dois elencos, os dois orçamentos e as duas histórias é o melhor para entender que aquele jogo deveria ser classificado como a opção para ser descartada no planejamento de conquista de pontos pelo Vila.

A derrota mantém o Vila na penúltima posição na competição, logo, dentro da faixa do rebaixamento, com 28 pontos. Abaixo só o lanterna, Náutico com 24.

Mas não há motivo para desespero. Enquanto o planejamento do Grêmio é o acesso, o do Vila Nova é a permanência, assim o campeonato que o time gaúcho disputa não é o campeonato que o alvirrubro goiano disputa – os objetivos separam os dois times que estão na mesma divisão, em competições diferentes.

Mesmo sendo vice lanterna, tenho elementos que me credenciam a dizer que o Vila Nova só cai se quiser, se deixar de cumprir sua parte nos jogos que ainda faltam. São 10: Guarani, em casa; Brusque, fora, CRB, em casa; Operário, fora; Crisciúma, em casa; Ponte Preta, fora; Cruzeiro, em casa; Bahia, fora; CSA, fora e Sport Recife, em casa.

Seus 28 pontos distanciam o Vila Nova três do primeiro time fora da zona do rebaixamento, o CSA, que está em 16º lugar, com 31 pontos. A partir do 11º lugar. Temos uma aproximação grande na classificação. A Ponte Preta, 11ª, tem 36 pontos, ou seja, oito pontos separam oito posições na tabela – o Vila Nova 19º, da ponte 11ª. Entre os dois estão: Sampaio Correia 35 pontos, Novorizontino 33, Chapecoense 32, Brusque e CSA 31 cada, Operário 39, Guarani 29.

Destes o Vila Nova ainda em por enfrentar o Guarani, Ponte Preta, Brusque, Operário e CSA – 50% dos 10 jogos são confrontos diretos em que o Vila Nova mata ou morre. Vencendo estes adversários diretos o Vila evita que eles conquistem pontos e chega 43 pontos, que serão suficientes para a permanência. Daqueles que estão disputando a parte de cima da tabela do Vila Nova ainda tem Bahia e Cruzeiro pela frente e dos que não estão nem no desespero e nem na busca do acesso o Vila tem o CRB e o Sport Recife, times que o Vila Nova tem condições para vencer.

Não comento futebol sobre o prisma do otimismo e nem do pessimismo – isto é coisa de políticos, principalmente dos malandro: se estão no poder vendem otimismo e se são oposição vendem o pessimismo. Comento futebol e costumo analisar tudo o que me é solicitado dentro do mais frio realismo e a realidade mostra que só um trabalho mal planejado e executado daqui pra frente, pode levar o Vila Nova para a série B. Pra mim o Vila Nova não cai.