Mais um capítulo para a história da rivalidade entre os clubes de maior torcida do estado.
E um capítulo desnecessário.
Robélio Schneiger entrou na justiça trabalhista querendo receber 1 milhão e 600 mil reais.
O contrato dele com o Vila Nova tinha uma multa de “apenas” R$ 500 mil.
Vai saber por que a ação pulou para esse valor.
Mas de qualquer forma, ele como trabalhador tem todo o direito de buscar na justiça o calote que entende ter tomado.
O ex-técnico colorado tem um contrato assinado com o Vila Nova.
Foi o clube que assinou esse novo vínculo.
Não adianta os dirigentes jogarem a culpa no ex-presidente Eduardo Barbosa.
Foi o Conselho Deliberativo, em sua maioria, que avalizou a escolha do nome que iria tocar o clube nos próximos anos.
Em seis meses eles mudaram de ideia, mas tudo que foi feito neste período é de responsabilidade deste Conselho.
O Vila Nova deve ao Robélio Schneiger, e isso é fato.
O atual presidente Marcos Martinez disse que nunca viu o contrato do ex-técnico, mesmo assim ele continuou comandando a equipe durante toda a preparação e no início da Série C do Campeonato Brasileiro.
Agora se você tem um funcionário, e ele não tem vínculo com sua empresa, ele vai continuar trabalhando?
Os dirigentes trabalham nos clubes desta forma porque o dinheiro não sai dos seus bolsos.
Será que em suas empresas a administração é da mesma maneira?
A dívida é real, agora o valor que é questionável.
Para ter êxito na justiça, Schneiger procurou o maior rival.
Procurou o presidente do Goiás Esporte Clube – Dr. João Bosco Luz, que é um advogado conceituado e de muito sucesso aqui em Goiânia.
Além dele temos outros grandes advogados que poderiam pegar a causa.
Mas Schneiger quis procurar o mandatário do maior rival colorado.
Pode até ser ético como garante os companheiros de profissão, mas pra mim foi desnecessário o “sim” do Dr. João Bosco Luz.
Só aumenta o clima tenso e deixa mais hostil a relação entre os dois rivais.