A esteticista Patrícia Aguiar de Castro sofreu um acidente de moto há cerca de um ano. Ele quebrou a perna e teve que passar por três cirurgias, tendo que abandonar o trabalho.
Desde então Patrícia tenta recorrer ao seguro DPVAT, mas até o momento não conseguiu um acordo com a seguradora.
“11 meses parada, não tem como trabalhar de muleta, ai chega aqui e eles oferecem uma merreca de nada, R$ 4.600,00 sendo que eu paguei R$ 5.000,00 para fazer a cirurgia, e eu tenho que fazer mais outra cirurgia e eles não pagam, é uma injustiça”.
João Soares da Silva perdeu a perna direita em um acidente no Estado do Pará, há três anos tenta receber o seguro DPVAT.
“Perdi a perna, foi preciso amputar acima do joelho, ai eu fiquei sem minha perna e estou atrás dos meus direitos, mas agora não estou achando. Vai fazer três anos e me chamaram para fazer o acordo, depois não quiseram fazer o acordo só porque meus documentos são do Pará”.
Patrícia e João estiveram na semana da Conciliação realizada pelo Tribunal de Justiça e Associação dos Magistrados de Goiás.
Durante o evento que foi realizado nesta semana, apenas 30% das pessoas tiveram os casos resolvidos.
Grande parte não aceitou os valores oferecidos pelas seguradoras.
Para o Presidente da Associação Brasileira dos Advogados da Área Securitária André Cortez, as mudanças no seguro dão maior ênfase à aplicabilidade da tabela para graduação da invalidez, prejudicando os casos de indenização por invalidez permanente.
“A população está sendo totalmente lesada, e a seguradora está tendo todos os seus bilhões cada vez maiores. A população acidentada deixa de receber seu valor R$ 3.500,00 por valores irrisórios, de R$ 800,00, R$ 600,00, R$ 135,00”, declara.