Foi pressão carioca do inicio ao fim do jogo. Com três atacantes, o time escalado pelo técnico Gaúcho veio para cima com o intuito de reverter o placar de 2 x 0 sofrido no Barradão. Começou com sorte, após o chute fraco de Magno rebater em Renie e enganar o goleiro Viafara.
Inteligentemente, o atacante Neto Berola, invés de finalizar, esperou sofrer pênalti cometido por Nilton que expulsou o volante vascaíno. Coube a Viafara a honra de converter o pênalti, gol que seria o da classificação rubro-negra para a fase semifinal.
No segundo tempo Ramon fez o segundo gol e Carlos Alberto, de pênalti, fez 3 x 1 faltando mais de 10 minutos para o fim da partida. Pressão, angustia e olhos atentos a todo e qualquer bola alçada na área rubro-negra.
Mesmo com dois jogadores expulsos – Rafael Cruz após falta violenta em Phillipe Coutinho e Schwenck após reclamação – o Vitória soube segurar o ataque vascaíno e chegar a semifinal da Copa do Brasil, a segunda em sua centenária história. Primeiro foi em 2004 quando acabou eliminado pelo Flamengo.
Na fase semifinal o Vitória irá enfrentar o Atlético (GO). O time goiano perdeu para o Palmeiras em São Paulo por 1 x 0. Venceu pelo mesmo placar no Serra Dourada e nos pênaltis, por 2 x 1, se classificou.
O Vitória foi valente durante os 90 minutos. Mesmo com um início de jogo irregular, o time viu o Vasco dominar a partida e chegar com perigo ao gol de Viafara em duas oportunidades. Primeiro com Ramon batendo cruzado e com Elton batendo por cima. Ambas finalizações foram para fora.
Aos 11 minutos do primeiro tempo o meia Magno fez boa jogada pela direita e bateu cruzado. A bola bateu em Reniê, enganou o goleiro Viafara e entrou.
O gol acordou o Vitória que passou a tocar a bola e envolver o Vasco no seu campo ofensivo. Em um lançamento da defesa, Junior raspou de cabeça e a bola sobrou para Neto Berola que invadiu a área e mesmo podendo finalizar esperou a falta do volante Nilton por trás.
O atleta vascaíno foi expulso direto por ser o último homem e fazer a falta por trás. Pênalti que o goleiro Viafara bateu bem, deslocando Fernando Prass. Na comemoração um abraço de todo o time no atacante Junior que entrou em campo após passar 32 horas detido na Polinter, acusado de falsidade ideológica.
No segundo tempo era tudo ou nada para o Vasco. Precisando fazer mais três gols para se classificar, o time se jogou ao ataque e com apenas de três minutos, Ramon recebeu belo passe de Phillipe Coutinho e bateu cruzado sem chances para Viafara.
Rafael Cruz que entrou no lugar de Egídio quase empatou a partida. Vanderson tocou para Bida que fez lindo corta-luz e a bola sobrou para o lateral bater forte na rede pelo lado de fora.
Melhor em campo, Schwenck teve uma chance incrível de selar o jogo para o rubro-negro. Neto fez lindo lançamento por trás da defesa e deixou o atacante livre, com somente o goleiro adversário a sua frente. O atacante acabou tocando para fora.
Na tentativa de impedir um contra-ataque do Vasco, Rafael Cruz fez falta dura em Phillipe Coutinho e foi expulso, acabando com a vantagem numérica do rubro-negro.
Com novamente dez homens para cada lado, o Vasco voltou a dominar as ações e por pouco não chegou ao terceiro gol. Primeiro Carlos Alberto, de fora da área, bateu para fora e em seguida Elton completou cruzamento de Dodô, e Viafara defendeu bem.
Vanderson saiu jogando errado, Phillipe Coutinho recebeu a bola e pegou a defesa do Vitória tentando se recompor. Ele fez belo passe para Elton que foi derrubado na grande área por Viafara. Pênalti que Carlos Alberto cobrou no canto direito em chances para Viafara.
Foram mais de dez minutos de angustia. O tempo custava a passar e classificação, aos poucos, ficava mais perto. O Vasco precisava somente de um gol para se classificar o rubro-negro ainda teve Schwenck expulso por reclamação.
Viafara ainda salvou o rubro-negro após cabeçada fulminante de Elton. A bola tinha destino certo, no canto direito, mas o goleiro rubro-negro fez bela defesa.
O desespero tomou conta do Vasco, o Vitória conseguiu reter a bola no ataque com Bida e Marcos Pimentel e ao apito final do árbitro, comemoração rubro-negra em São Januário.