Todo período de volta às aulas traz as mesmas demandas para as famílias: comprar o material escolar, providenciar uniforme e outros utensílios usados na educação. Mas, algo que talvez passe batido para muitos pais ou responsáveis, e que deve ser lembrado, é o excesso de peso na mochila dos estudantes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a dor na coluna atinge 80% da população brasileira, o mesmo que oito em cada dez pessoas. Dessa forma, o excesso de peso carregado pelos alunos deve ser um item importante para ser checado.

A neurocirurgiã Danielle de Lara, por exemplo, explica que com o corpo em crescimento acelerado, sobrecargas mecânicas nesse processo podem ser muito prejudiciais às crianças.

“Por ser uma idade em que a criança está em pleno desenvolvimento, o peso em excesso faz com que o centro de gravidade do corpo mude e a criança adote uma postura inadequada, prejudicando a coluna e toda a musculatura responsável por manter a nossa posição ereta”, justifica.

A especialista ainda alerta que os sintomas podem aparecer por meio de dores intensas nas costas, ombros, joelhos, tornozelos e pescoço. Por isso, é necessário ficar atento à alguma queixa do estudante.

“Além disso, dores de cabeça tensionais são causadas pela sobrecarga mecânica nos músculos do pescoço e ombros, comprometendo o dia-a-dia e até mesmo o desempenho das crianças”, afirma.

Dicas para deixar a mochila mais leve

Segundo o Ministério da Saúde, é recomendável que o peso das mochilas não ultrapasse em mais de 10% o peso da criança, ou seja, uma criança de 30 quilos não pode carregar mais do que 3kg de material.

Primeiramente, Danielle de Lara orienta para que o responsável pela criança ou adolescente analise com os professores se há locais na própria escola para deixar os livros e materiais extras.

Outra dica da especialista é ficar atento na compra da mochila. “A melhor opção de bolsa é aquela que possui rodinhas, que não força a coluna”, exemplificou.

Além disso, outra opção é a prática de atividade física regular. “É importante fazer com que a criança mantenha a rotina de atividades físicas para desenvolver a musculatura, evitando dores e até mesmo fraturas”, aponta.

Danielle ressalta também que é fundamental os responsáveis ficarem atentos aos sinais que podem aparecer para um futuro problema na coluna que pode ser levado no decorrer da vida.

“O tratamento para problemas na coluna é feito de acordo com cada paciente, mas, na maioria dos casos, consiste em orientação postural com um profissional, analgésicos e fisioterapia. Alguns casos são mais específicos e podem levar a dores para o resto da vida ou até mesmo, cirurgia minimamente invasiva no local”, conclui.

*Com informações da Presse Comunicação

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