A Câmara Municipal de Goiânia continua em recesso e só volta aos trabalhos normais no dia 18 de fevereiro. Apesar disto, as discussões sobre matérias em pauta continuam nos bastidores da Casa e é esperado um embate entre a base de apoio ao prefeito Paulo Garcia e o principal partido de oposição no município: o PSDB.

O motivo é o projeto que define a desafetação de 25 áreas públicas e possível venda de várias delas. A prefeitura pretende arrecadar, ao menos, R$ 300 milhões com a comercialização, mas a oposição questiona como venda seria realizada e ameaça votar contra a matéria.

No entanto, o presidente metropolitano no PSDB, ex-vereador Maurício Beraldo, orientou os colegas de partido, e eles conseguiram aprovar uma emenda que prevê a destinação de mais áreas à Agência Goiana de Habitação. O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), avalia que a situação seria um contrassenso, a ser resolvido na votação do dia 18. “Tem um sentimento por parte dos vereadores da base de que os vereadores do PSDB votem no projeto original. Eles estão trabalhando contra, fazendo campanha contra e colocando emendas com interesse do PSDB no projeto, com discurso de que é interesse social,” diz.

Na primeira sessão do ano, no dia 18 de fevereiro, a votação do projeto que desafeta áreas públicas em Goiânia será feito com destaques. Ou seja, as emendas que foram aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça serão apreciadas de forma separada do projeto original, enviado pelo Paço.

Clécio Alves detalha a insatisfação da base com a proposta dos vereadores tucanos. “O presidente do PSDB metropolitano que enfiou as emendas do projeto. Como é que se explica, se os vereadores do PSDB estão trabalhando raivosamente contra o projeto. É preciso saber se o PSDB votará no projeto, para depois tomar uma decisão,” aponta.

Apesar da ameaça de autoconvocação, a Câmara volta mesmo aos trabalhos normais no dia 18 de fevereiro.