O Vila Nova Futebol Clube apresentou oficialmente o técnico Wagner Lopes nesta terça-feira (09). Pela primeira vez no comando técnico do Vila Nova, o paulista de 52 anos, já acumula três passagens pelo futebol goiano, duas pelo Atlético-GO e uma pelo Goiás. Pelo Dragão, dirigiu o clube no quase acesso à Série A em 2014, que não ocorreu por conta de uma vitória a menos e iniciou o projeto que culminaria no título da Série B de 2016.
Sua passagem mais recente pelo rubro-negro foi entre os anos de 2018 e 2019. O profissional fez parte da campanha do acesso à elite do Brasileirão, mas acabou sendo demitido na reta final da Série B. Em entrevista coletiva, o novo treinador destacou que “é um prazer enorme estar representando essa nação apaixonada e enorme! É com muita alegria que começamos esse trabalho”.
O último trabalho de Wagner foi à frente do Botafogo de São Paulo, no início de 2020. Porém, sua passagem pelo clube durou somente seis jogos. Com dois pontos somados e em situação complicada no Campeonato Paulista, a agremiação demitiu o treinador em fevereiro.
O profissional agradeceu a convite realizado pelo Colorado. “Estamos chegando e queremos agregar e conquistar o grupo primeiro. Acredito que há um relacionamento e você vai conquistando a confiança dos jogadores, da comissão fixa e da diretoria. Quero agradecer o presidente pelo voto de confiança, a gente sabe da grandeza do Vila, é uma torcida apaixonada e vamos fazer o nosso melhor para fazermos um grande ano”, afirmou.
Wagner Lopes chega para comandar o Tigre no Goianão 2021, na Copa do Brasil e na Série B do Brasileirão, que tem sido considerada umas das mais difíceis dos últimos anos. O novo técnico falou sobre os seus objetivos à frente do Vila Nova e ressaltou a alegria de estar no no clube goiano. “Estou muito feliz de estar aqui, não vejo a hora de começar o treino, para ser bem sincero”, declarou.
“Em termos de objetivos é claro que sempre pensamos em vitórias. Sempre fui um profissional vitorioso, sempre busquei o maior número de vitórias possíveis, só que o Wagner sozinho não consegue nada. O Wagner precisa de muita ajuda, da diretoria, do nosso presidente, da torcida principalmente, jogadores, comissão técnica, funcionários… E eu peguei um ambiente muito bom, o Vila Nova hoje é uma família muito grande e muito unida (…)”, frisou.
“A gente promete muito trabalho, muita seriedade, muito planejamento e muito diálogo. Todo mundo é importante nos processos que vamos iniciar nesse momento. Não me sinto dono da verdade, muito pelo contrário, quero aprender cada vez mais, estou sempre buscando conhecimento, aprimoramento nos treinos, a melhor forma de incentivar os atletas, implantar o meus conceitos e passar conhecimento. Eu vejo o Vila hoje com um potencial muito grande crescimento e acredito que juntos vamos fazer um grande Campeonato Goiano e uma grande Série B. Venho com muita vontade de vencer, muita determinação para fazer um ano vitorioso e escrever meu nome da história do Vila”, finalizou.
Sem vencer o Goianão desde 2005, o torcedor colorado sonha em voltar a comemorar um novo título estadual. Wagner Lopes falou disse que não existe receita para vencer o torneio regional.
“Lógico que não é receita e mesmo que fosse, a gente não passaria, faria aqui e ficaria bem quietinho. Mas existem características de times vencedores que a gente sabe que é muito importante. O primeiro ponto é união. Temos um ambiente aqui muito leve, muito bem liderado pelo nosso presidente Hugo e toda diretoria engajada em fazer o melhor pelo Vila Nova. Então, o primeiro ponto eu acho que é isso, ter união. Temos um grupo de jogadores que são trabalhadores, a comissão fixa toda se dedica ao máximo pelo Vila, então a união é a primeira coincidência de sucesso que a gente entende. É claro que precisa trabalhar muito, com muita dedicação”, ressaltou.
“Não é simples ganhar o Goiano ou subir pra Série A. Acredito que tanto o Goiano quanto a Série B, estão muito disputados, não tem jogo fácil. Muitos times de qualidade descendo e acredito que dos últimos quarenta anos, será a Série B mais disputada. E no Campeonato Goiano a mesma coisa, cada jogo é trabalhar todos os dias o maior número de horas possível, pra ter um bom entendimento dos jogadores e confiança necessária, pra respeitar todos os adversários, mas dentro do fair play, fazer de tudo para vencê-los. Então, a gente vem com muita confiança e humildade, sabemos que só a fala não adianta, precisamos de ação, mas temos muita confiança de fazer um grande trabalho esse ano, aqui no Vila”, concluiu.
Antes de ser treinador, Lopes jogava como atacante. No Brasil, atuou apenas pelo São Paulo, naturalizado japonês, ele fez sua carreira praticamente toda no Japão e defendeu o país na Copa do Mundo de 1998, na França.
*Com colaboração do repórter Paulo Massad, da Sagres 730.