Experiente, fala mansa, com discurso de positivismo. O Vila Nova inicia uma nova caminhada na temporada e dessa vez, com um representação da tranquilidade, o que mais falta ao clube nos últimos anos. O técnico Waldemar Lemos, de 59 anos, foi apresentado na tarde desta terça-feira pelo presidente Rodrigo Nogueira e pelo diretor de futebol, Roni. Waldemar demonstrou acreditar no projeto e quer que a torcida seja um aliado, e não um aspecto negativo.

“Muita satisfação, com certeza, saber da força que a torcida tem, mas a gente precisa transformar isso aí em um poder ofensivo. Não adianta ter ela contra a gente, nós precisamos ter essa torcida junto com a gente, ter esse poder para transformar as coisas e colocar o Vila onde ele deve estar. Tudo vem através do trabalho e com calma, não adianta ter pressa e desespero. É acreditar no trabalho, essa foi a ideia que me passou o presidente e o Roni também”

O treinador já conhece o Vila, mesmo de longe, por ter treinado o Atlético na temporada passada, durante o Goianão, e sabe que o desafio é grande. O clube vive um momento constante de crise, desde o ano passado, que só sofreu um intervalo com o acesso para a Série C no fim de 2013. De qualquer forma, Waldemar procura não esmorecer e trata o time colocar com um “filho rebelde”.

“Olha, eu sou pai e muitas vezes a gente escuta determinadas coisas e a gente pensa do filho da gente ‘pô, nosso filho não tem mais jeito’. Eu não vou pensar assim, no outro aqui (Atlético) foi a mesma coisa, de que não adianta pensar em Campeonato Goiano e se chegou à final. Precisamos pensar que tudo na vida tem um jeito e cada pessoa tem seu jeito de ser. A gente vai procurar enxergar o que se tem aqui e depois o que a gente pode fazer”, explicou.

Waldemar Roni VILA

O treinador garantiu que vai avaliar o elenco colorado, recheado por peças de confiança de Sidney Moraes, e preferiu não falar em reforços no momento. Waldemar revelou já ter trabalhado com alguns atletas, entre eles o zagueiro Vitor Pio, que pode ser reintegrado, se a diretoria permitir. O comandante destacou que o maior obstáculo é recuperar a autoestima de algumas peças e, por isso, pede paciência.

“A minha obrigação aqui é, através de muito exemplo e de muito trabalho, arrumar essas pessoas, todas que trabalham aqui, e tornarem elas confiantes, e a torcida também para que a gente possa reerguer o Vila. Não vai ser fácil, não vai ser de uma hora pra outra e foi difícil em qualquer outro lugar. Na maioria deles, nós conseguimos sucesso, até sendo campeões”