Wesley Matos, capitão do Vila Nova (Foto: Wendell Pasquetto/Sagres On)

A derrota para o Operário na última sexta-feira (9) e a campanha ruim na Série B trouxeram inúmeras consequências para o Vila Nova. Além da saída de Sidiclei Menezes, o clube colorado anunciou que o então presidente do Conselho Deliberativo, Hugo Jorge Bravo, agora ficará responsável pelo futebol do Tigre. Hugo, que muitas vezes, foi apontado como oposição ao atual presidente Ecival Martins.

“O Vila Nova tem muito a ganhar com isso. Se eram lados opostos que se juntaram, eu acho que é pro bem do Vila. Nós conhecemos o Hugo, é um cara sério, vilanovense e que vem para ajudar e agregar muito. É um momento de mudança, o presidente achou que tinha que mudar e eu tenho certeza que vai ser melhor para todos”, destacou o zagueiro Wesley Matos.

Mas a troca na gestão de futebol não foi a única mudança no Vila neste início de semana. Seis atletas foram afastados e não vestem mais a camisa colorada: o lateral Hélder, o volante Araújo, os meias Elias e Alan Cariús e os atacantes Keké e Facundo Boné.

Wesley lamentou a dispensa dos companheiros e disse que o grupo todo é responsável pelo atual momento da equipe.

“É um assunto muito delicado porque são amigos que nos ajudaram muito e estavam aqui com a gente no dia-a-dia. São pais de família que ficam desempregados. Mais que tudo, a saída deles tem que doer na gente porque somos responsáveis por isso. Futebol é resultado e sempre acaba sobrando para alguém e isso tem que nos atingir para entendermos de uma vez por todas que um grupo não é só os onze titulares e sim todos os jogadores do elenco. Nós ficamos muito tristes com as saídas, mas infelizmente é a cultura do nosso futebol e sempre sobra para alguém”.

Além dos atletas que deixaram o Onésio Brasileiro Alvarenga, jogadores experientes também estão sendo alvos de críticas da torcida. Nomes como o dor próprio capitão colorado, do goleiro Rafael Santos e do meia Alan Mineiro que, recentemente, renovaram seus contratos com o Vila Nova.

“Eu converso muito com o Alan, com o Rafael e com o Gastón que estamos aqui há muito tempo e falo que nós temos que absorver, a responsabilidade nossa é muito maior que a dos outros. Nós estamos aqui para receber as pancadas mesmo, porque depois essas pessoas voltarão a nos aplaudir (…) Eu tenho minha consciência tranquila de que sempre dei o meu melhor, mas o torcedor tem direito de falar, de cobrar porque ele paga o ingresso. Agora essa questão de rede social não me afeta porque eu procuro nem ver, o que olhos não veem, o coração não sente. Eu vou para o campo sempre com a minha vontade de ajudar o Vila. Se fosse assim, teria feito corpo mole para sair quando tive proposta, mas não, eu preferi ficar”, desabafou Wesley Matos.