A indefinição do Vila Nova parece estar chegando ao fim e o clube poderá enfim pensar apenas dentro de campo. O time está passando por momentos conturbados nas últimas semanas, em função da troca de diretoria e da renúncia do presidente executivo Marcos Martinez e do presidente do Conselho Deliberativo Paulo Diniz.

O grupo que iria assumir o clube estava se negando a entrar no comando colorado caso algum membro da antiga diretoria permanecesse, mas esse problema foi resolvido e o grupo comando por Leonardo Rizzo vai assumir o Vila Nova. Lembrando que essas pessoas que irão comandar, daqui para frente, foram as que estiveram no último título goiano do Vila, em 2005.

Um dos integrantes do grupo, Zé Eduardo, afirma que os salários atrasados dos jogadores serão quitados. “Hoje, nós conversamos com o grupo de atletas e a partir de amanhã vamos começar acertar os salários de maio, que venceu dia 15. A promessa nossa com os jogadores é a partir de agora, existem coisas anteriores que nós não vamos assumir, particularmente, essa responsabilidade”, destacou.

Problema

Ele frisa que alguns compromissos financeiros feitos no passado ainda não poderão ser resolvidos. “A instituição vai assumir, então se o Vila Nova daqui dois ou três meses estiver viável, tiver receita, tiver colaboradores para angariar esses fundos, aí vão ser pagos. Do meu bolso, do bolso do Niltinho, do bolso do Barros, do bolso do grupo não deve sair nada e a gente vai tocar o Vila Nova até a gente ter forças e sustentação para que nós possamos saldar todos os compromissos”, disse.

Zé Eduardo ressalta que a situação financeira é tão complicada que funcionários estão precisando tirar dinheiro do próprio bolso para comprar as coisas do clube. “Eu acho que não tem ninguém que tenha passado pela Vila Nova e não tenha colocado dinheiro aqui. Até funcionários humildes colocam dinheiro, ontem mesmo nosso administrativo teve que usar o cartão dele para comprar o básico de restaurante para o Vila”, revelou.

Ele considera que o clube precisa se unir para sanear as dívidas. Na visão dele, sanar as dívidas do Vila Nova não é impossível. “O que a gente precisa é de união, o Vila Nova hoje, se você analisar Goiás, Atlético e outros clubes do futebol goiano, o Vila é o mais fácil de sanear, mas as cobranças não podem ser da mesma maneira do que é no Atlético e no Goiás”, frisou.