O governador Marconi Perillo e o secretário de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, entregaram na manhã desta terça-feira, 2,5 mil cartões do Bolsa Futuro, em Trindade. O cartão do Bolsa Futuro é o documento de identificação do aluno matriculado no programa de qualificação profissional. Além do Cartão de Identificação, os alunos matriculados no Bolsa Futuro receberão, em casa, o cartão magnético da Caixa Econômica Federal para o saque do incentivo financeiro mensal de R$ 75.

Esse é o caso de Luciano Freitas Oliveira, de 16 anos. Ele ficou sabendo do programa por um amigo que também está inscrito. “Estou no 2º ano do Ensino Médio, mas já quero ter um curso profissionalizante para que um futuro emprego me ajude financeiramente”’, disse o adolescente que se inscreveu em Técnico em Vendas. “Achei o programa muito bom”, afirmou.

O casal Hélio Carlos e Valderina da Silva, também foram dois das dez pessoas que receberam o cartão das mãos do governador e do secretário Mauro Faiad. “Muito bom poder representar essas 2,5 mil pessoas”, disse Hélio que cursou até a 5ª série do Ensino Fundamental e vê no Bolsa Futuro a chance de se profissionalizar e conseguir um emprego melhor. “Fiquei sabendo do programa na minha empresa e me matriculei, levei a minha esposa e filha também”, disse o futuro eletricista e encanador.

Valderina da Silva cursou até a 8ª série e aproveita o polo forte de confecção em Trindade para se profissionalizar em vendas. “Quero um emprego mais garantido. Por isso, achei o programa ótimo e espero ir até o final”, afirmou a auxiliar de serviços gerais.

Mais vagas

Durante solenidade, Mauro Faiad enfatizou a expressão significativa de Trindade dentro do Bolsa Futuro. “Essa é a segunda cidade de Goiás que recebe o maior número de cartões, perdendo apenas para Goiânia. Por isso, merece uma atenção especial”, explicou.

Ele também falou da importância do programa e do seu papel profissionalizante em meio ao crescimento econômico e industrial do Estado. “Eu tenho andado por Goiás de ponta a ponta. E aonde eu vou, a reclamação que ouço é que bons empregos existem em Goiás, mas estão sendo ocupados por outras pessoas do País. E é por isso que o Bolsa Futuro existe, para qualificar os goianos para esses bons empregos”, exclamou.

Profissionalização

No pronunciamento, o governador Marconi Perillo relembrou que em 1999, quando assumiu o Governo pela primeira vez, as famílias mais carentes do Estado recebiam cesta básica. “Os alimentos perdiam ou não eram os que eles precisavam. Criei então um cartãozinho magnético para que elas tirassem o dinheiro e fossem ao mercado fazer a compra do mês”. Mais de 155 mil famílias recebiam essa ajuda mensalmente. E isso mudava a lógica do comércio, fazer preços mais baixos para atrair clientes do Renda Cidadã.

Mas o governador Marconi reafirmou que, de todos os programas sociais já criados, esse é o único que nunca mais poderá ser retirado da vida de filhos e filhas de Goiás. “A única herança que ninguém rouba, ninguém tira é o ensino, a formação. Na minha cidade de Palmeiras, onde estudei até os 14 anos, os meninos de classe baixa, conseguiram dar valor ao que os pais ensinavam. Eles achavam que os filhos tinham que estudar. Os ricos, filhos de fazendeiros, todos eles dependem hoje de emprego da gente, de alguma maneira. Mas muitos dos meus amigos, viraram prefeitos, eu governador, médicos e advogados.

O objetivo do governo, segundo Marconi, é dar uma ajuda de curso para que eles consigam se beneficiar. “Mas queremos também ensinar a pescar, com o Bolsa Futuro”, disse. E explicou que “cada aluno vai custar para o governo R$ 200. Ainda temos mais de 1,5 mil professores. São mais de quatro mil computadores. A USP está nos ajudando a monitorar os cursos e isso tudo custa dinheiro. A gente dá valor ao esforço de cada um e o desejo de crescer na vida”.