Aos poucos a Espanha vai voltando a colocar em prática o futebol que a colocou como uma das grandes favoritas ao título mundial. No clássico ibérico contra Portugal, a fúria conseguiu quebrar o equilíbrio do jogo com a posse de bola e troca de passes envolvente que permitiu com que a equipe de Vicente del Bosque ganhasse o jogo pelo placar mínimo.
Várias oportunidades de gol foram criadas dos dois lados, mas somente David Villa conseguiu balançar as redes, já no segundo tempo da partida. Foi o quarto gol do atacante na Copa do Mundo, alcançando o argentino Higuaín e o eslovaco Vittek na artilharia da competição.
Enquanto Portugal arruma as malas para retornar às terras lusas, a Espanha agora vai se preparar para o confronto pelas quartas-de-final contra o Paraguai, no próximo sábado (03), às 15h30, no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
ESPANHA ATACA
Espanha e Portugal iniciaram o primeiro confronto em Copas das duas equipes em um ritmo bastante acelerado. A fúria tratou de tentar se impor no jogo, e logo no primeiro minuto do embate chegou com Fernando Torres, que limpou Pepe e soltou o petardo de perna direita obrigando o goleiro Eduardo a fazer uma boa defesa.
A rápida troca de passes e movimentação constante do time espanhol contribuiu para que a equipe de Vicente del Bosque dominasse os momentos iniciais. Portugal aguardava ter a posse da bola para então partir para o ataque com velocidade. Mas a Espanha assustou os portugueses novamente aos 7 minutos, em um chute de Villa.
Apesar do controle inicial, foi o time luso quem quase abriu o placar. Aos 20 minutos Fábio Coentrão, que era boa opção pelo lado esquerdo, fez uma boa jogada e tocou para Hugo Almeida, que deu a bola para Tiago. O volante do Atlético de Madrid bateu para o gol e Cassillas espalmou para cima. No rebote Hugo Almeida ainda quase mandou a Jabulani para o fundo das redes.
Com paciência, a Espanha voltou a trocar passes e manter a posse de bola no restante da primeira etapa, mas com dificuldade para se infiltrara na defesa portuguesa. A última boa chance da primeira metade do jogo foi novamente com a equipe patrícia, e em outra jogada criada por Coentrão, que cruzou na medida para Tiago cabecear, mas a bola foi para fora.
VILLA SALVA A FÚRIA
Na volta do intervalo a atual campeã europeia mostrou a sua regularidade, e continuou com a bola nos pés, e Portugal acuado esperando pelos contra-golpes. E foi em um deles que o time de Carlos Queiroz chegou bem ao gol de Casillas, aos 7 minutos, quando Hugo Almeida cruzou para a área e a bola desviou em Puyol e quase entrou no gol.
Aos poucos o gol espanhol ia se amadurecendo, com lances de perigo de Sergio Ramos pela direita, e ataques velozes de Villa pela esquerda. E foi com o atacante do Barcelona que o placar foi inaugurado, aos 17 minutos. O artilheiro da fúria recebeu um passe na medida de Xavi, e chutou duas vezes para então marcar.
Com a vantagem no placar a Espanha apenas teve cuidado para controlar o jogo com o domínio da bola. Ao término da partida a equipe teve 61% da posse da bola, contra 39% dos portugueses. Portugal ainda pressionou no final, mas sem efeito. O time luso resumiu o seu futebol aos 7 gols marcados contra a Coreia do Norte e, mais uma vez, sem o brilho de Cristiano Ronaldo.
FICHA TÉCNICA – Espanha x Portugal
Local: Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, na África do Sul
Data: 29/06/2010
Horário: 15h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Hector Baldassi-ARG (Argentina)
Espanha
Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi e Iniesta; Fernando Torres (Llorente) e David Villa (Pedro).
Técnico: Vicente del Bosque
Portugal
Eduardo; Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fabio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago, Raul Meireles ; Cristiano Ronaldo, Hugo Almeida (Danny), Simão (Liédson)
Técnico: Carlos Queiroz
Gol: David Villa 17min 2°T (Espanha)
Cartões amarelos: Xabi Alonso (Espanha) e Tiago (Portugal)
Cartão vermelho: Ricardo Costa (Portugal)