Na tarde deste domingo (19) o Atlético carimbou sua queda para a Série B. O Dragão empatou com a Chapecoense, por 1 a 1, no estádio Olímpico. O Atlético não agradou na primeira divisão e está 26 rodadas consecutivas na lanterna da competição. Na zona do rebaixamento a equipe rubro-negra vai fechar a competição com 37 rodada na zona da degola. No primeiro turno, o Dragão teve apenas 3 vitórias, 3 empates e 13 derrotas. Já no segundo turno, 6 vitórias, 3 empates e 7 derrotas. Após o duelo, o diretor de futebol de Atlético, Adson Batista, lamentou o rebaixamento e comentou sobre os planos e contratações para 2018.

Confira entrevista completa;

Como encarar o rebaixamento?

– Temos que ter tranquilidade. Nós estamos sujeitos a isso, ainda mais em uma Série A, que é um campeonato difícil. Nós temos as nossas limitações, mas a responsabilidade é minha, eu que montei o time. No primeiro turno foi muito ruim e não conseguimos ganhar os jogos, sempre uma peça ou outra raiava individualmente, no coletivo até que funcionava. Nós não caímos hoje, caímos lá atrás. Fiquei feliz de ver a entrega. Todos jogaram no limite. Estão todos comprando a causa do Atlético. Da forma que se postou hoje e em alguns jogos. Estão todos querendo, lógico que tem algumas limitações, mas eu vi muita coisa boa. O Atlético está com duas situações muito boas para poder sanear o seu orçamento no futuro. Foi muito importante. O Jorginho fez uma série A fantástica, Luiz Fernando é a revelação do campeonato brasileiro. Muitas coisas foram boas. É ruim segurar essa lanterna, foi campeonato desgastante, mas o Atlético está maior. O Atlético está se estruturando. Nós vamos fazer um trabalho já começado agora. Tem jogador que já vamos pagar a folha de dezembro, porque nós planejamos para ano que vem fazer um grande campeonato. O Atlético ano que vem irá fazer um grande ano. É um desafio, mas um desafio saudável.

Você se arrepende de algo que fez em 2017?

– As pessoas procuram quem é o culpado. Tenho a consciência de que tudo que eu fiz foi com a melhor intenção. Lógico que às vezes tem como pagar um preço maior pelo um jogador, eu tenho condições de negociar, com jogadores de perfil salarial maior, mas nós fizemos um planejamento para que nós possamos sanear o clube. Acho que o Atlético tomou a atitude certa. Esse time jogou grande partidas, como foi contra o Botafogo e Corinthians. Nós poderíamos terminar o campeonato brigando com quem está tentando sair da zona de rebaixamento ou até igual a Chapecoense, mas infelizmente as coisas não aconteceram. Cabe a mim ter o cuidado necessário para que não façamos dois anos como foi esse ano de 2017.

Quais são as peças que estão sendo cobiçadas?

– O Atlético está sendo sondado por algumas coisas. Nós temos um percentual de um jogador importantíssimo fora do país, que é o Fábio Lima, que também é um jogador muito assediado. É um jogador que está em um nível que poucas pessoas acreditam. Então, temos o Jorginho e Luiz Fernando que estão sendo muito procurado. Volta á dizer, tem que dar um bom retorno financeiro. O Atlético é vitrine e tem visibilidade. O Atlético fez o certo de revelar o Luiz Fernando e consolidar o Jorginho e vamos colher os frutos disso.

O Atlético vai conseguir vender o Luiz Fernando por 20 milhões?

– É muito difícil eu falar isso. Eu não tenho essa proposta, porque se tivesse nós venderíamos. O Atlético só vai vender se for um grande negócio para o clube. Nós precisamos consolidar o nosso orçamento para o ano que vem. Nós já temos uma projeção, mas podemos melhorar, para que possamos investir. O fora de campo foi muito bem feito esse ano. O Atlético saneou muitas divididas e eu vejo isso como um ponto positivo.

Tem interesse em algum jogador do futebol goiano?

– Eu tive o cuidado necessário para falar com Ecival esa semana, porque respeito e acho até que o Ecival fez um grande trabalho no Vila Nova e tem que ser reconhecido, porque sabemos da dificuldade que passa o Vila Nova. Liguei para ele e falar quais eram a intenção dele em relação ao Hemerson Maria, Geovane, Wesley Matos e o Alan Mineiro. Ele tem o interesse de manter os jogadores e procurar renovação. Caso isso não aconteça, eu vou respeitar. Não vou ser anti-ético. Talvez o Goiás poderia ter feito tudo e soltado no final do campeonato. Faz algumas coisas em alguns momentos que parece até que para desviar o assunto. É a minha forma de trabalhar e cada uma tem a sua.