Com o empate diante da Chapecoense por 1 a 1 na tarde deste domingo (19), no Estádio Olímpico, o Atlético deu adeus à Série A do futebol brasileiro com duas rodadas de antecedência. O time rubro-negro conseguiu uma boa reação neste segundo turno e conquistou pontos importantes, mas fez um primeiro turno muito abaixo e que gerou a difícil consequência do rebaixamento.

Desde o começo do campeonato a filosofia de trabalho no Atlético era a de sanar as dívidas do clube. Com o título de Campeão Brasileiro da Série B 2016 e a volta à elite do futebol brasileiro, muitos recursos apareceram, mas a diretoria viu 70% de seu elenco sair e o desafio de montar um novo time surgir. Prioridades precisavam ser discutidas, a primeira delas foi a de sanar as dívidas.

Após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro ser confirmado na tarde deste domingo (19), o presidente do Conselho Deliberativo, Jovair Arantes, comentou sobre essa situação em entrevista exclusiva ao repórter Arthur Magalhães, da Rádio 730.

“Tivemos uma folha de R$1 milhão e 250 mil, e foi uma opção nossa. Poderíamos ter tido uma folha de R$4, R$5, R$6 milhões, mas isso iria nos levar ao fundo do poço. Fizemos o que tinha que ser feito: organizados e saneamos o clube. Só de ação trabalhista devíamos mais de R$70 milhões. Nossa divida tributária chegava a R$116 milhões. Hoje, o Atlético está saneado, com todas as dívidas em dia. É assim que o clube vai ser administrado enquanto eu estiver aqui”, afirmou.

Jovair completou sobre o investimento que vem sendo feito na infraestrutura do clube.

“Investimos em infraestrutura. Não podíamos pegar todo o nosso recurso da Série A, investir no time e ficar com uma infraestrutura precária, que era a mesma coisa de nem ter. Mas agora temos campos de treinamento, estamos melhorando o Accioly, vamos investir no CT de treinamento em Aparecida de Goiânia. Vamos com tudo para subirmos novamente ano que vem”, destacou.

O mandatário mostrou não ter arrependimentos deste ano de 2017.

“O Atlético pecou em não ter recursos financeiros e não fazer bobagens. Não íamos fazer bobagens, tornar a endividar o clube e acabar com o time que nem vejo muitos aí de tradição e afundados, como Náutico, Santa Cruz. Fizemos um bom time e descemos. Para se ter uma ideia, quando fizemos o melhor time no papel  foi o ano que fomos rebaixados da outra vez. E isso quase nos custou a degola, quase fomos para o fundo do poço totalmente. Isso não aconteceu porque lutamos, trabalhamos, organizamos tudo e fizemos o time entrar nos eixos”, finalizou.