Bruno Hermano, Lis Lemos, Marcos Bandeira e Péricles Carvalho
Tribuna do Planalto – Como estão as conversas com a sua base eleitoral com essa decisão de sair candidato a vice de Vanderlan Cardoso, já que antes seu projeto era ser candidato a deputado federal?
Ernesto Roller – Num primeiro momento as pessoas ficam preocupadas, mas quando a gente mostra que o projeto Vanderlan Cardoso é absolutamente viável e que se a nossa região não ousar, nós nunca ocuparemos espaços políticos importantes e postos de decisão que possam melhorar a vida das pessoas, quando a gente demonstra que o desafio que nós temos é extremamente viável e plenamente factível e mostrando, inclusive, os exemplos das últimas quatro eleições em que quem saiu na frente não ganhou a eleição em Goiás, quando a gente demonstra tudo isso, há um entusiasmo das pessoas de que se consolide com a vitória. Toda a nossa região – entorno de Brasília e nordeste goiano – tem o desejo de ter uma representatividade política forte de modo a participar das decisões administrativas do estado que possam trazer benefícios pra toda a população e promover o desenvolvimento do Estado de forma equânime e não apenas para uma região.
Como foi a negociação para que o senhor fosse indicado como vice? O fato de ser do entorno de Brasília contribuiu para isso?
Alguns pontos foram considerados. A representação regional no entorno e nordeste goiano. O fato de ter realizado um trabalho como secretário de Segurança Pública, de ser do Partido Progressista, enfim, imagino que tudo isso contribuiu.
Foi um pedido do governador Alcides Rodrigues?
O convite foi feito pelo candidato a governador Vanderlan e também pelo governador Alcides Rodrigues.
Como está o candidato Vanderlan Cardoso na sua região? Ele está se tornando mais conhecido nesses lugares? Existe uma estratégia voltada para aquela região?
Ainda não começamos a campanha, vamos começar a partir de agora, e é claro que na região do entorno ele é menos conhecido. Tanto que o nosso trabalho é exatamente esse: fazer com que ele seja conhecido não só pessoalmente como, com seus projetos e também levar ao conhecimento das pessoas o passado do candidato Vanderlan Cardoso, que era engraxate e chegou a um dos maiores empresários do estado de Goiás e foi eleito um dos melhores prefeitos do nosso estado.
O PP vem de um processo de uma convenção polêmica, decidiu pelo apoio a Vanderlan… Como o partido está agora? Está conversando para trazer de volta aqueles que se manifestaram a favor de outra candidatura?
Todo processo de disputa traz num primeiro momento uma situação delicada que passado os dias, nós temos a oportunidade de buscar esses companheiros e esse é o nosso trabalho. O Partido Progressista é uma família e sai fortalecido desse processo. Muitos entendem que há um enfraquecimento, mas eu, particularmente acho que sai fortalecido. O único partido em que imperou efetivamente a democracia e onde diversos setores da vida pública do estado diziam que havia truculência, coronelismo e na verdade não houve isso. Nós fizemos uma convenção absolutamente legítima onde todos puderam votar, mesmo aqueles que não tinham a sua situação regular e foi regularizada pela decisão judicial. Quem presidiu a convenção foi o deputado federal Roberto Balestra, autor da proposta dissidente.
Como está a conversa com o deputado Roberta Balestra? Vocês já o procuraram?
Está sendo feito esse trabalho de conversação e eu acredito que o deputado Balestra que declarou que sendo democrática a convenção, podendo todos participar, ele respeitaria a decisão da maioria e acompanharia essa decissão. Então eu vejo que é uma questão plenamente possível de ser resolvida.
Então para o senhor, o PP não sai rachado desse processo de convenção?
Não está rachado. O PP sai fortalecido.
Mesmo com vários dissidentes terem participado da convenção do PSDB, fazendo discursos pró-Marconi, isso vai ser superado?
Claro. Além de ser superado, isso acontece do outro lado também. Nós temos muita gente do PSDB que apoia o Vanderlan, como temos também do PMDB. Por exemplo, o PSDB da cidade de Formosa não apoia Marconi Perillo. Então, esse processo de dissidência é normal. Agora o problema é que como a máquina de boatos do PSDB e sua estrutura está numa arrogância tal, que eles estão pregando que só existe dissidência nos outros. Existe dissidência no PSDB também, isso faz parte do jogo.