Escolhido para vice de Iris Rezende na eleição do governo do Estado, o deputado federal Marcelo Melo (PMDB) garantiu, em entrevista a Altair Tavares e Amauri Garcia, da RÁDIO 730, que não houve imposições em sua escolha para a vaga na chapa “puro sangue” irista.

Segundo ele, há muito tempo se discutia a necessidade de ter candidaturas representativas em regiões com densidade eleitoral. “A região do Entorno hoje – depois de Goiânia – tem o maior contigente e tem ficado a margem das discussões políticas”, disse ele, que tem forte ligação com a região.

Marcelo informou que houve uma discussão entre os três partidos que formam a aliança (PMDB, PT, PC do B) em que foi referendada a decisão. “Não houve nenhuma resistência em relação ao meu nome. Eu jamais aceitaria imposição e não traria tranqüilidade para esta campanha”, pontuou.

“Pode consultar os representantes dos partidos e verá que é uma decisão consensual. Todos entenderam que nós temos amplas condições de reverter o quadro no entorno”, complementou.  

PRIORIDADE

Para Marcelo Melo, ao escolher um nome do entorno, o candidato Iris deu uma demonstração que esta região será uma de suas prioridades, se eleito. “Sabemos que tudo o que se fez no entorno até o momento não foi suficiente, pela densidade de problemas que a região apresenta, mas eu só aceitei com o compromisso de que o nosso futuro governo terá ações específicas”, afirmou.

Questionado sobre quais seriam esta ações, Melo citou a questão do transporte público, que ele avalia como uma grande demanda na região. “De Luziânia, saem todos os dias mais de 30 mil pessoas para Brasília. É um sistema ineficiente e caro e é preciso criar mecanismos para melhorar isso”, avaliou.

Outro ponto fundamental para o vice irista é a saúde pública. “A maioria da população do entorno tem que deslocar para Brasília para buscar assistência e o sistema de saúde lá está em colapso”, completa.