(Foto:Reprodução/ ONU)
A União Europeia e o Banco Mundial organizaram esta quinta-feira, à porta fechada, um encontro de alto nível sobre a situação na República Centro-Africana.
O evento, que aconteceu à margem da Assembleia Geral, contou com a presença do secretário-geral, António Guterres. A missão da ONU no país, Minusca, inclui militares portugueses e observadores brasileiros.
Secretário-geral
No encontro, o chefe da ONU descreveu a situação como “estável”, mas disse que “muito mais precisa ser feito para garantir a paz e estabilidade em todo o país”.
Segundo ele, chegou a hora da população ter os dividendos da paz, sobretudo as pessoas deslocadas à força. Segundo ele, existe mais de um milhão de pessoas deslocadas no país e cerca de 573 mil refugiados na região.
Desafios
Em declarações à ONU News, o porta-voz da Minusca, Vladimir Monteiro, falou dos objetivos do encontro.
“É uma oportunidade para os parceiros, em particular as Nações Unidas com o secretário-geral, a União Africana e o presidente da Comissão para a Paz, se reunirem com os autoridades centro-africanas e o presidente Touadéra para falarem da evolução da situação da paz. Nomeadamente, há um processo em curso com a União Africana, mas há muitos desafios.”
Monteiro destacou desafios ligados à segurança e à proteção dos civis, dizendo que este é o “momento para fazer um balanço a nível político, a nível da segurança, da situação no país, e ver como ajudar”. O presidente da República Centro Africana, Faustin-Archange Touadéra, também participou num encontro do Conselho de Segurança na terça-feira.
Lusófonos
Para Vladimir Monteiro, “a questão essencial neste momento pé o diálogo”. O porta-voz explicou como os portugueses e brasileiros estão a ajudar neste processo.
“Os militares portugueses têm participado em várias missões de paz. Estiveram no Sul do país, estiveram em Bombari, no pico da crise. Os brasileiros fazem parte dos observadores militares, que são essenciais também, nas atividades de prevenção de atos de violência. Deslocam-se a determinados sítios e com as informações que permitem uma intervenção eficaz da força”.
O secretário-geral disse ainda que “restaurar a autoridade do Estado deve permanecer uma das principais prioridades para promover a paz e estabilidade no país.”